Emprego industrial em queda, de novo

O emprego industrial no Paraná caiu pelo segundo mês consecutivo, fechando setembro com queda de 1,3% na comparação com igual mês do ano passado. Em nível nacional, onde o índice permaneceu estável, houve taxas negativas em nove das 14 áreas pesquisadas, e em nove dos 18 segmentos econômicos. Com o resultado de setembro, o emprego industrial paranaense acumula no ano crescimento de 2,7% e, nos 12 meses, alta de 3,6% – acima dos índices do País, que foram de 1,7% e 2,3%, respectivamente. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação mensal – setembro contra setembro -, dos 18 ramos pesquisados no Paraná, nove registraram aumento no emprego e nove, queda. Entre os que mais contribuíram para índice negativo, destaque para o setor de madeira (queda de 20,7% no nível de emprego) e fabricação de outros produtos da indústria de transformação (-16,8%). Outros setores que também registraram taxas negativas foram refino de petróleo (-8,9%), têxtil (-5,20%), vestuário (-3,9%), produtos químicos (-2,7%), máquinas e equipamentos (-2,7%), metalurgia básica (-2,6%).

Já os setores que mais contribuíram para o aumento do nível de emprego na indústria foram alimentos e bebidas (crescimento de 11,6%) e meios de transporte (6,4%). Outros setores que registraram taxas positivas foram calçados e couro (10,2%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos (9,03%), produtos de metal (6,8%).

?Os resultados do Paraná são bem parecidos com os do País, com as indústrias de alimentos e bebidas e de meios de transporte exercendo os maiores impactos positivos?, analisou a economista Denise Cordovil, da Coordenação da Pesquisa do Emprego Industrial do IBGE. Segundo ela, o bom desempenho dessas duas atividades está associado principalmente às vendas para o mercado externo. Por outro lado, lembrou, o setor da madeira está sofrendo os efeitos negativos do dólar desvalorizado.

Em agosto, o emprego industrial no Paraná registrou queda de 0,8% (na comparação com igual mês do ano passado) e, em julho, crescimento de 1%.

Folha de pagamento

Com relação à folha de pagamento, tanto o Paraná como o País registraram taxas positivas. No comparação mensal – setembro deste ano contra setembro do ano passado -, a folha aumentou 2,5% no Paraná e 3,7% no País. No acumulado do ano, a variação é de 4,5% e 4%, respectivamente, enquanto no acumulado de 12 meses, o crescimento é de 5,4% no Paraná e 5,5% no Brasil.

Os destaques positivos no Estado vieram, assim como no emprego industrial, do setor de alimentos e bebidas – com alta de 14,3% na comparação mensal, 14% no acumulado do ano e 12,9% nos 12 meses – e do setor de meios de transporte (montadoras), que aumentou a folha de pagamento em 4,2% na comparação mensal, 15,6% no acumulado do ano e 18,1% no acumulado nos 12 meses. Em setembro contra setembro, os setores que registraram as maiores quedas na folha foram madeira (-9,9%) e outros produtos da indústria de transformação (-10,3%).

Brasil

No índice mensal, nove das 14 áreas e nove dos 18 segmentos apresentaram taxas negativas. Rio Grande do Sul (-9,9%) e região Nordeste (-2,3%) contribuíram com as pressões mais relevantes no resultado geral. Por outro lado, as principais influências positivas vieram de São Paulo (2,7%) e Minas Gerais (3,5%). Em nível nacional, os ramos que participaram com os maiores impactos negativos foram calçados e artigos de couro (-15,7%), e madeira (-15,0%). Em sentido contrário, destacaram-se as contratações efetuadas em alimentos e bebidas (7,3%) e meios de transporte (6,1%).

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