A indústria do Paraná encerrou o primeiro semestre com crescimento de 2% no volume de empregos, na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado ficou acima da média nacional (1,6%). Apenas o Rio Grande do Sul apresentou queda nesta comparação, de 1,7%. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal Emprego e Salário (Pimes), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No Paraná, a dinâmica do emprego no primeiro semestre foi puxada pela indústria de meios de transporte (montadoras), com crescimento de 22,1%, seguida pela indústria de alimentos e bebidas (5,7%) e de produtos químicos (19,6%). ?No caso dos meios de transporte, o bom desempenho se deve ao mercado interno?, apontou a economista Denise Cordovil, da Coordenação do Emprego do IBGE. A facilidade em comprar um veículo, com parcelas a perder de vista e juros em queda, vem atraindo os consumidores.
O crescimento do emprego na indústria de produtos químicos – que inclui adubos e fertilizantes – reflete a recuperação do setor agrícola, segundo a economista. Já o aumento no setor de alimentos e bebidas, intensivo em mão-de-obra, revela crescimento tanto do mercado externo como aumento da renda no mercado interno. ?O que está dando a tônica da produção industrial este ano é o mercado interno, que vem se recuperando. Já no ano passado, eram as exportações?, comparou Denise.
Das 18 atividades pesquisadas no Estado, treze apresentaram desempenho positivo no emprego e cinco, negativo, entre janeiro e junho. Os maiores impactos negativos vieram da indústria de madeira (-15,6%), seguida por produtos de metal (-8,4%) e vestuário (-3,5%).
Já a folha de pagamento acumula crescimento de 3% no primeiro semestre no Paraná, com destaque positivo para a indústria de meios de transporte (expansão de 18,2% na folha salarial) e de alimentos e bebidas (5,9%). Por outro lado, a indústria de madeira, além de empregar menos, reduziu a folha de pagamento (-25,4%).
Brasil
Em nível nacional, o emprego industrial caiu 0,1% em junho, na comparação com maio. Para o IBGE, a taxa negativa ?reflete acomodação após seqüência de cinco altas consecutivas, na série livre de influências sazonais?. Na comparação com junho do ano passado, houve crescimento de 2,1% – com desempenho positivo nos 14 locais pesquisados – e, no acumulado do primeiro semestre, aumento de 1,6%.
Sobre a folha de pagamento real, houve acréscimo de 4,6% em junho, na comparação com igual mês do ano passado; no primeiro semestre, o crescimento também foi de 4,6%.