Emprego industrial cai, mas renda fica maior

O nível de emprego na indústria caiu 0,5% em abril em relação a março, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foi a primeira queda do ano, depois de três meses de recuperação. Na comparação com abril do ano passado, também houve queda, de 0,2%. No acumulado dos quatro primeiros meses de 2004, a indústria registra um contingente de empregados 0,6% inferior ao registrado no primeiro quadrimestre do ano passado.

Em abril, entre as 14 áreas pesquisadas, 8 tiveram queda no número de postos de trabalho quando se compara com abril do ano passado.

A queda no nível de emprego foi puxada principalmente pelo desempenho do Estado de São Paulo, que registrou queda de 1,5%. Os que mais influenciaram o resultado foram vestuário (-9,5%), produtos de metal (-7,5%), papel e gráfica (-6,2%) e minerais não-metálicos (-5,7%).

O nível de emprego na indústria não acompanhou o comportamento da produção. Em abril, a produção industrial cresceu 0,1% em relação a março e 6,7% na comparação com abril do ano passado.

Renda subiu

A renda média recebida pelos empregados da indústria subiu 8,1% em abril em relação a abril do ano passado, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), já descontada a inflação.

A folha de pagamentos (soma dos salários e outros rendimentos) cresceu 7,9%, em relação a abril do ano passado. Na comparação com março, houve queda de 2,4%.

Para calcular a renda do operário, o IBGE considera salários, horas extras, 13.º salário, aviso prévio, indenizações, comissões e participação nos lucros.

Fiep articula política industrial local

O Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) reuniu ontem, em Curitiba, um grupo de 80 empresários de variados setores da indústria paranaense, representantes de sindicatos, do governo, de universidades e de centros de pesquisa para debater a Política Industrial e Tecnológica do governo federal e a criação de uma proposta de política própria para o Paraná. “Estamos inaugurando no Paraná um processo de interação estruturada, integrando a indústria, universidade, governo do Estado e trabalhadores para criar um projeto de futuro para o Paraná, baseado em inovação tecnológica”, destacou o presidente do Sistema Fiep Rodrigo da Rocha Loures.

Segundo ele, inovação tecnológica é um imperativo para sustentar a presença do Brasil e do Paraná na economia globalizada. “É um ingrediente obrigatório para dar competitividade a todas as áreas de negócio”, destacou.

O presidente da Fiep destacou que o Paraná tem interesse em áreas diferentes dos quatro setores que foram definidos como prioritários pela Política Industrial federal: semicondutores, bens de capital, software e fármacos. “Temos competência nestas áreas, mas não podemos deixar de lado os setores onde somos fortes, como a biotecnologia e o agronegócio”, disse.

Políticas públicas

Para Rocha Loures, o Estado deve aproveitar o momento favorável para a criação de estratégias de expansão do setor produtivo porque agora o Brasil tem uma política industrial, tema que há 10 anos estava fora da agenda nacional.

Para o Brasil atingir um estágio avançado é necessária uma abertura do meio acadêmico e a indústria tem que se organizar e aproveitar melhor o potencial de desenvolvimento que a universidade oferece.

Fundos setoriais

Os fundos setoriais do governo federal são instrumentos importantes para fomentar o desenvolvimento tecnológico, já que têm recursos para financiar pesquisa. No dia 2 de julho haverá abertura de editais para a liberação de verbas públicas. As propostas que serão escolhidas têm que estar vinculadas a projetos de empresas.

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