O Paraná gerou 86.123 novos empregos formais de janeiro a outubro deste ano, segundo dados divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho. O levantamento, baseado no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), indica ainda que, do total dos novos empregos com carteira assinada, 66.632 – ou cerca de 77% – surgiram no interior do Estado.
O segmento que mais contribuiu foi da indústria de transformação, com 30.785 novos postos de trabalho. Em seguida, aparecem a área de serviços (19.232), o comércio (18.379) e a agropecuária (11.885). A indústria de transformação foi liderada pelos setores de alimentos, bebidas, têxtil, vestuário, madeira e mobiliário.
“Os dados são bastante representativos para o Paraná, pois significa que estamos mantendo a geração de cerca de 300 novos empregos formais a cada dia”, disse o governador Jaime Lerner. “Proporcionalmente à população dos Estados, o Paraná é um dos maiores geradores de empregos do país, graças à atração de indústrias, ao apoio à agricultura, à qualificação profissional e à melhoria de infra-estrutura sem precedentes na história do Estado”.
Crescimento – O levantamento também aponta um crescimento de 6,1% sobre o número de empregos formais existentes em 2001. Os dados consolidam a posição do Paraná como um dos três Estados que mais criam novos postos de trabalho no país, junto com São Paulo (360.990) e Minas Gerais (123.174). É preciso considerar que Minas Gerais tem o dobro da população do Paraná e São Paulo o quádruplo.
“Outro dado considerado importante é que a construção civil gerou quase 3 mil novos postos de trabalho este ano, acompanhando a reação geral do mercado paranaense na geração do empregos”, analisa o secretário do Emprego e Relações do Trabalho, Newton Grein. “A construção civil é um importante parâmetro porque quando esse segmento cresce é sinal de que toda a economia vai bem”. Os números do acumulado do ano no Paraná representam o dobro do obtido pelo Rio Grande do Sul, Estado com economia e riqueza similares. Além de melhor do Sul do país, o resultado do Paraná superou o dos sete Estados do Norte (Amazonas, Rondônia, Acre, Roraima, Pará, Amapá e Tocantins) que, juntos, obtiveram 43.073 novos empregos.
Especificamente em outubro surgiram 4.939 novos empregos formais no Paraná, o que representou um incremento de 0,32% sobre o total até então existente, uma taxa inferior ao que vinha obtendo ao longo do ano. Foi um mês atípico em quase todo país, já que São Paulo sofreu no mês um decréscimo de 4.502 postos de trabalho e Minas Gerais uma redução de 12.716 empregos.
Os números do Ministério do Trabalho coincidem com outros comparativos, como o da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o do Ipardes/IBGE, que mostram o Paraná como um dos Estados com os melhores índices de geração de empregos.
Segundo a CNI, no período entre janeiro a setembro, o Paraná liderou a geração de empregos industriais no país, com 39.500 novos postos de trabalho. A última pesquisa mensal do Ipardes/IBGE aponta a Região Metropolitana de Curitiba com um dos menores índice de desemprego do país: 54,% contra a média brasileira de 7,4%.