Foto: Arquivo

Sandro Silva: aceleração é uma tendência.

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A oferta de empregos no Paraná aumentou 5,66% de janeiro a julho deste ano (comparado ao mesmo período do ano passado), de acordo com levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos socioeconômicos (Dieese). Nesse período, foram criados 105.283 empregos, o melhor desempenho do Estado desde 2004.

Na comparação de desempenho regional, o Paraná fica à frente de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, assumindo a sexta posição na evolução nacional, com 640.873 admissões. Em primeiro lugar está Mato Grosso, seguido por Tocantins, Goiás, Minas Gerais e São Paulo.

Enquanto a média nacional ficou em 0,44%, o emprego formal no Paraná registrou aumento de 0,51% em julho. Entre os ramos de atividade com maior crescimento destacaram-se o setor de alimentos e bebidas, comércio varejista, empresas de vigilância e de recursos humanos. A queda ficou por conta das áreas de ensino, agricultura e serviços de utilidade pública (empresas mistas).

A aceleração de empregos formais segue uma tendência, de acordo com o economista do Dieese-PR Sandro Silva, verificada a partir de outubro de 2006. ?Alguns fatores determinantes para essa aceleração são índice de inflação baixo, aumentos reais a várias categorias sindicais, aumento real do salário mínimo, volume de crédito e redução da taxa de juros?, aponta.

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Responsável por 73,6% dos empregos gerados no Estado, no primeiro semestre, o interior deve enfrentar queda nos próximos meses. Mesmo com o equilíbrio verificado entre o interior, no mês passado, com alta de 0,50%, e a Região Metropolitana de Curitiba (RMC), com 0,53%, a perspectiva é de que essa diferença se amplie no segundo semestre. ?A queda na geração de empregos no interior é um fenômeno normal no período de entressafra. Por outro lado, ocorrem mais contratações na RMC a partir de setembro, com preparação para o Natal?, analisa Silva.

Anuário

Dados referentes à qualificação profissional do País foram compilados no Anuário da Qualificação Social e Profissional, lançado ontem pelo Dieese, em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego. São informações referentes às características de trabalho, estrutura educacional e perfil de instituições, cursos, professores e alunos no Brasil, provenientes de fontes como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Ministério da Educação (MEC). A tiragem de 5 mil exemplares tem como público-alvo os 500 sindicatos filiados ao Dieese, mas os interessados podem ter acesso aos dados por meio do site www.dieese.org.br.

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