O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, comemorou hoje o resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de abril, que registrou um saldo líquido positivo de 106.205 empregos formais. “O Brasil está dando sinais inequívocos de recuperação”, afirmou Lupi, acrescentando que o resultado de maio, embora o mês ainda não tenha terminado, deverá ser melhor que o de abril.

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Pela primeira vez este ano, o ministro antecipou a sua previsão para o saldo do Caged em 2009. “Arrisco dizer que teremos, neste ano, mais de um milhão de novos empregos”, disse. Mais otimista do que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que na semana passada previu crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009 para algo entre zero e 2%, Lupi afirmou que espera um crescimento da economia este ano de 2% a 2,5% do PIB. Confrontado pelos jornalistas com a opinião de Mantega, afirmou: “Eu sou o lado otimista do Mantega”.

Na avaliação de Lupi, a economia está dando sinais de recuperação consistente e o emprego formal é o principal indicador disso. “Ninguém contrata com carteira assinada se estiver tendo prejuízo”, disse.

Seguro-desemprego

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O ministro disse também que um número adicional de trabalhadores de alguns setores poderão ter ampliação do seguro-desemprego em mais duas parcelas. Segundo Lupi, com base nos dados do Caged de abril divulgados hoje, os técnicos do Ministério do Trabalho farão o cruzamento final de dados, comparando o que ocorreu no mercado de trabalho em fevereiro, março e abril em relação ao igual período do ano passado para definir quais setores serão escolhidos.

“Na quarta ou quinta-feira (dias 21 ou 22) faço o anúncio desses setores”, disse o ministro. No início de março, representantes das centrais sindicais pediram ao ministério a ampliação do benefício para trabalhadores demitidos em janeiro em vários setores, principalmente da indústria de alimentos e da área agrícola. Cerca de 103 mil trabalhadores de 42 setores, demitidos em dezembro de 2008, foram beneficiados com o aumento em mais duas parcelas desde 1º de abril de 2009.

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Sadia e Perdigão

Lupi afirmou ainda que torce para que a união entre as empresas Sadia e Perdigão, que pode ser confirmada ainda hoje, não represente demissões. Segundo o ministro, nenhum representante das duas empresas procurou o Ministério do Trabalho até o momento para tratar do tema.

Ele disse não descartar a possibilidade de ser procurado pelas duas empresas para negociar alguma reestruturação que implique no nível de emprego. “Nessas fusões há normalmente sobreposição de departamento, mas eu torço e espero que não haja demissões porque o setor de frigoríficos está se recuperando. Espero que eles, com a fusão, só cresçam”, afirmou.