Emprego formal cresce, mas em ritmo menor

Após um período de desaceleração na criação de empregos com carteira assinada, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, acredita que a partir deste mês o mercado de trabalho entrará em um processo de retomada do crescimento. Ele lembrou ainda que ao contrário do que dizem os ?pessimistas?, a economia não está estagnada.

No mês passado, foram criados 195.536 novos postos de trabalho, contra 212.450 de maio e 207.895 em junho do ano passado. Apesar dos números, o resultado de junho foi o segundo melhor para o mês, perdendo apenas para o desempenho de 2004. Os dados fazem parte do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado ontem.

A criação de vagas com carteira assinada em junho foi beneficiada pelo setor agropecuário, fortemente influenciado por fatores sazonais, como a safra de cana-de-açúcar e de café.

Em junho, o desempenho foi positivo em todos os setores. Agricultura criou 80.350 vagas, serviços 46.669 e o comércio, 32.123 novos postos. A criação de vagas na indústria de transformação foi de apenas 16.993 novos empregos com carteira assinada e na construção civil, 17.586.

Na análise das regiões, o maior crescimento ocorreu no Sudeste, com um crescimento de 1,01% (142.403 novas vagas). No primeiro semestre deste ano, foram criados 966.303 novos postos de trabalho com carteira assinada.

O ministro reafirmou a meta de criar ao menos 100 mil empregos formais por mês até o final do governo Lula (dezembro de 2006). ?Nós queremos, evidentemente, passar essa meta.? Esse desafio já havia sido anunciado por Marinho na última sexta-feira.

Para ele, o aumento da criação de vagas será possível com o relaxamento da política monetária. Ele acredita que em breve a taxa de juros, hoje em 19,75%, começará a cair, já que os indicadores apontam para o controle da inflação.

Ainda sobre a criação de vagas, ele disse que é possível atingir os 10 milhões de empregos nos quatros anos do governo Lula. No entanto, isso só se for levado em conta os empregos informais. ?Se nós considerarmos os empregos informais, sim?, disse.

Ele lembrou ainda que durante a campanha, o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva nunca prometeu criar 10 milhões de vagas. ?Lula diz que iria lutar para criar 10 milhões de vagas.? Entre janeiro de 2003 e junho deste ano, foram criados 3,135 milhões de empregos com carteira assinada.

Regiões

O Sudeste registrou 142.403 postos formais, seguido pelo Nordeste, com 27.583, o Norte, com 9.378, o Centro-Oeste, com 9.060, e o Sul, com 7.111.

Entre os estados, o melhor resultado foi do Estado de São Paulo, com 67.157 empregos formais, seguido por Minas Gerais, com 60.446. No Rio de Janeiro, o saldo positivo foi de 12.840. O Rio Grande do Sul foi o único a eliminar postos em junho. Foram cortados 3.450 postos, puxados pela indústria de transformação e a agricultura. As regiões metropolitanas registraram um aumento de 0,47% nos empregos formais, gerando 48.770 empregos.

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