O Paraná fechou o mês de março com crescimento de 0,90% no nível de emprego, o que resultou em saldo (admissões menos demissões) de 15.529 vagas. O desempenho ficou acima da média nacional, que registrou crescimento de 0,40%. O interior do Estado, que apresentou variação de 1,19% no nível de emprego, respondeu por quase 81% das vagas criadas. O restante ficou com a Região Metropolitana de Curitiba (RMC), que teve um aumento de 0,44% de empregos.
Com os dados de março, o número estimado de trabalhadores com carteira assinada no Estado é de aproximadamente 1,738 milhão. Os dados foram divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos, regional Paraná (Dieese-PR).
O setor que mais empregou em março foi a indústria de alimentos e bebidas (3.594 vagas), seguida pela agricultura e silvicultura (2.772), comércio varejista (1.359), hotéis e restaurantes (1.322) e ensino (1.254). O economista Sandro Silva, do Dieese-PR, lembrou que o setor de alimentos e bebidas voltou a contratar em março, depois de dois meses de saldos negativos. O motivo, explicou, é a safra agrícola, que também influenciou o setor de agricultura e silvicultura. Já o bom desempenho do ensino está atrelado ao do período letivo. Na outra ponta, apresentaram desempenho negativo o setor público (-74 vagas) e indústria mecânica (-300) – este último especialmente por conta das demissões da Case New Hol-land, especializada em máquinas agrícolas.
Em comparação com anos anteriores, foi o segundo melhor março desde 92, tanto no saldo de empregos, como na variação. O melhor mês do período foi o de 2004, quando o saldo de empregos foi de 17.010 e o crescimento de 1,06%. Na comparação com outros estados, o Paraná teve o terceiro maior crescimento, atrás do Mato Grosso (1,44%) e Espírito Santo (1,01%).
No trimestre
No primeiro trimestre (janeiro a março), o crescimento do nível de emprego no Paraná foi de 1,63%, com o saldo de 27.876 vagas. Os setores que mais empregaram no período foram Outros Serviços (serviços de segurança, vigilância, recursos humanos), com saldo de 3.960 vagas; hotéis e restaurantes (2.735), transporte e comunicação (2.718), comércio varejista (2.677) e ensino (2.481).
Apesar do crescimento do nível de emprego, Sandro Silva salientou que o ritmo está mais lento do que o ano passado. De janeiro a março de 2004, o saldo de empregos foi de 34.923. Este ano, houve queda de 20% das vagas. ?No ano passado, a base de comparação era alta. Além disso, este ano o cenário da economia não é tão positivo?, apontou. No primeiro trimestre, o crescimento do emprego no Estado foi o sexto maior do País (1,63%), só perdendo para Mato Grosso (4,45%), Santa Catarina (2,30%), Mato Grosso do Sul (2,17%), São Paulo (1,98%) e Goiás (1,97%). A média nacional ficou em 1,19%.