A recuperação do emprego vista em julho não é sazonal e decorre do aumento do poder de compra dos consumidores. A avaliação foi feita pelo ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. Entre os setores que aumentaram o emprego, o ministro destacou especialmente a indústria, em especial a automobilística.

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“Esse foi o quarto mês consecutivo com criação de postos. São empregos que não decorrem de sazonalidade e está claro que tem muito a ver com o poder de compra do consumidor”, disse o ministro na divulgação dos dados do emprego de julho, quando foram criados 35.900 postos.

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No acumulado de janeiro a julho, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) registrou criação 103.258 empregos. O número mostra reversão em relação ao observado em igual período do ano passado, quando foram destruídas 623.520 empregos.

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Em tom de comemoração, Nogueira afirmou que os dados do mês passado indicam que o emprego na indústria “decolou”. Entre os segmentos da indústria de transformação, o segmento alimentício liderou com 7.995 novas vagas. Em seguida, o setor de material de transportes apareceu com 2.282 novos empregos. O emprego nesse subsetor, disse o ministro, foi liderado pelas montadoras.

Parte do otimismo do ministro está ligado à reação de setores da economia que necessitam de crédito, como a venda de automóveis e a construção civil. Para o ministro, iniciativas como a liberação das contas inativa do FGTS permitiram aos brasileiros pagar dívidas e, assim, reduzir o endividamento – o que abre espaço para o consumo.

“No mês que vem acredito que teremos números bem melhores”, disse Nogueira. Ele citou como amostra dessa confiança no futuro os novos investimentos que serão anunciados pela montadora General Motors de R$ 5 bilhões para a modernização de fábricas no Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo.

O ministro reafirmou a previsão de que, com a recém aprovada reforma trabalhista, serão criados 2 milhões de empregos em dois anos.