Emprego e renda cresceram no Paraná

Entre 2005 e 2006, a taxa de ocupação no Paraná cresceu acima da média nacional: 3,05% contra 2,56%, o que implica dizer na inclusão de 160 mil pessoas no mercado de trabalho do Estado. Atrelado a isso, a renda da população economicamente ativa no Paraná também apresentou aumento real de 1,7%. Os números, relativos à última Pesquisa por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram avaliados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) como indicadores positivos, não apenas pelo aspecto do crescimento do emprego, mas também da qualidade das ocupações.

Embora o crescimento no número de ocupados no Estado ser visto com bons olhos pelo Dieese, o economista Cid Cordeiro vê como passível de melhoras em virtude da evolução histórica. ?O maior nível de 2002 para cá foi registrado em 2004, quando houve aumento de 5,14% na taxa de ocupação, o que representou 257 mil pessoas?, lembra. Mas o fato de vir acompanhado do aumento da renda média é bastante animador, na opinião do economista, principalmente quando se percebe o crescimento, também, da formalização do emprego.

O número de trabalhadores com carteira assinada no Estado passou de 1,82 milhão, em 2005, para 1,92 milhão em 2006. Na evolução de 2002 para cá, o aumento foi de 17,64%. Quando comparada a diferença de renda entre trabalhadores formais e informais, o reflexo econômico é significativo: ?O trabalhador formal tem salário 82% maior. É uma diferença grande de inclusão social também.?

Desemprego

Assim como o aumento da população ocupada e da renda média do trabalhador, um terceiro indicador destacado pelo Dieese foi, conseqüentemente, a queda nas taxas de desemprego no Estado. Estas passaram de 6,71%, em 2005, para 6,54% no ano passado, ou 378.191 pessoas a menos nessa situação. A média nacional (8,42%), apesar de mais alta que a paranaense, vem mostrando ritmo mais vigoroso de queda que o registrado no Estado: 9,59% entre 2005 e 2006.

Entre os fatores que motivam a diferença está o crescimento mais acentuado da população economicamente ativa (PEA) no Estado, com mais pessoas procurando emprego em virtude do crescimento econômico. Entretanto, na avaliação do Dieese, a tendência é que o desemprego passe a cair mais rapidamente a partir da manutenção do cenário de crescimento.

Setores

Os segmentos que impulsionaram o crescimento em 2006 foram os de alojamento e alimentação (com aumento de 14,05% no número de empregos gerados em relação ao ano anterior); educação, saúde e serviços sociais (9,95%); e comércio e reparação (7,59%). Destaque também para a administração pública, com aumento de 6,27%. O setor agrícola, em compensação, sentiu forte decréscimo (-4,39% ou 48 mil postos de trabalho a menos), em virtude, não apenas da mecanização, mas também, do difícil cenário pelo qual o campo passou no período sob influência da estiagem e da febre aftosa.

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