A Capital Economics aponta que, até agora em julho, mais bancos centrais de países emergentes elevaram suas taxas de juros que cortaram, o que acontece em um mês pela primeira vez desde dezembro. Na avaliação da consultoria, deve haver apenas mais alguns cortes nos juros em emergentes antes do fim do ano, principalmente na Índia e na Rússia. “Porém, com a maioria dos emergentes provavelmente passando por uma aceleração inflacionária, conforme os efeitos da queda nos preços do petróleo no ano passado diminuem, a próxima ação para a maioria dos bancos centrais deve ser mais provavelmente uma alta que um corte”, afirma.

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A Capital Economics não espera, porém, um grande salto na inflação. Diante disso, o ritmo do aperto nas políticas monetárias na maioria dos países deve ser “relativamente gradual”.

A consultoria aponta ainda que seu monitor do crescimento econômico entre os emergentes continua a piorar, sugerindo que o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) agregado desses países desacelerou para 3,5% nos 12 meses até maio, de 3,6% nos 12 meses até abril. “Esse é o ritmo mais fraco desde o fim da crise global financeira de 2009”, afirma. Os gastos dos consumidores nesses países, por sua vez, continuam a desacelerar: o crescimento do consumo privado agregado desacelerou para um avanço de 2,0% no ano no primeiro trimestre, no ritmo mais fraco em quase seis anos.

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