Os países em desenvolvimento precisam reorientar suas economias para prevenir o superaquecimento e os danos decorrentes da inflação das commodities, a fim de preservar o forte crescimento e evitar uma aterrissagem abrupta. O alerta foi feito pelo Banco Mundial, na atualização de seu relatório “Perspectivas Econômicas Globais”. De acordo com o documento, economias em desenvolvimento que estão no limite da capacidade produtiva, como Brasil, China e Índia, devem acelerar o aumento das taxas de juros, reduzir os gastos do governo e, em alguns casos, valorizar suas moedas.

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Passado o estágio de combate à crise, os mercados emergentes “necessitam caminhar em direção a uma posição mais neutra em termos de política monetária e fiscal e recriar o espaço fiscal que havia antes da crise”, disse Andrew Burn, um dos autores do relatório.

As previsões do Banco para o crescimento da economia mundial foram apenas levemente alteradas em relação ao relatório de janeiro. O crescimento econômico global para 2011 foi revisado para baixo, de 3,3% para 3,2%, enquanto as estimativas para 2012 e 2013 ficaram inalteradas em 3,6%.

Segundo o Banco, os maiores riscos para a perspectiva global são o potencial de continuação dos aumentos nos preços dos alimentos, outra rodada de alta nos preços do petróleo e os persistentes problemas de déficit fiscal e dívida soberana que afligem as nações ricas. A turbulência política no Oriente Médio e o desastre natural no Japão pesaram pouco no crescimento mundial, a despeito dos impactos importantes nos respectivos países, disse o Banco.

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A previsão de crescimentos nos países de alta renda, com os atuais problemas de dívida soberana e a resistência das elevadas taxas de desemprego, foi agora reduzida para 2,4%, contra 2,2% no relatório de janeiro, e a estimativa para 2012 é de 2,7%. Nos países em desenvolvimento, o Banco Mundial prevê uma desaceleração em relação ao crescimento de 7,3% verificado no ano passado, mas a previsão aumentou para 6,3% em 2011, ante os 6% previstos em janeiro. Em 2012, o crescimento previsto para esses países é de 6,2%. As informações são da Dow Jones.