A liberação do navio chinês, que foi ocupado nesta segunda-feira e transportava equipamentos para a operação do novo terminal da Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport) no Porto de Santos, “contribuirá para o desenvolvimento e a competitividade do País”. A avaliação e o apelo, é da própria Embraport que, por meio de nota à imprensa, informou que está em diálogo constante com os sindicatos para solucionar a situação.
De acordo com a Embraport, nesta manhã aconteceu uma reunião de duas horas com representantes dos trabalhadores. “A empresa confia que as negociações cheguem a um bom termo o mais rápido possível, para que a instalação dos equipamentos permita o início de operação de um terminal portuário que contribuirá para o desenvolvimento e competitividade do País, bem como para geração de emprego e renda”, disse a nota.
A ocupação do navio faz parte de mobilizações contra a Medida Provisória 595, a MP dos Portos, que se iniciam nesta semana. Além da luta dos portuários contra a MP, os sindicatos neste caso questionam o uso de mão de obra chinesa, que teria chegado com o navio de Xangai, para desembarcar a mercadoria. “Eles vieram trazer os equipamentos e trouxeram também a mão de obra, mas os chineses não têm autorização para trabalhar no Brasil”, criticou mais cedo à Agência Estado o presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT), o Paulinho.
A Embraport solicitou a liberação do navio e informou que o desembarque e a montagem dos equipamentos são realizados pelo fabricante, “como usual em todos os portes”. A empresa assegura que cumpre rigorosamente a legislação vigente.
Os equipamentos fazem parte do primeiro lote para a ocupação do novo terminal, “o maior terminal portuário privado do Brasil”, como classifica a empresa. De acordo com a Embraport, chegaram três portêineres e 11 transtêineres, que auxiliarão na movimentação portuária. Na primeira fase de operação, o terminal terá seis portêineres e 22 transtêineres.