Embrapa faz pesquisas convencionais

Cascavel (AE) – A euforia em relação aos transgênicos não fará com que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) deixe de lado a pesquisa e produção de variedades convencionais. Prova de que a decisão está no caminho certo é a procura por sementes da empresa privada brasileira por produtores do Paraguai.

Segundo Lineu Domit, pesquisador da Embrapa Soja, na safra 1999/2000 as variedades da Embrapa dominavam cerca de 50% das lavouras do país vizinho.

Com a chegada das variedades geneticamente modificadas, o país substituiu quase que totalmente as variedades convencionais pelas transgênicas, de tal forma que na safra atual as sementes da Embrapa não atingiram 5% no mercado paraguaio. ?A questão é que algumas pragas ficaram resistentes e percebemos que já existe uma demanda maior dos produtores paraguaios para usar novamente nossas variedades convencionais?, afirma.

O pesquisador lembra que na Argentina, onde aproximadamente 95% das lavouras são geneticamente modificadas, algumas pragas já estão mostrando resistência ao glifosato, mas não existem sementes convencionais que poderiam ser utilizadas para substituir as transgênicas. ?Essa é uma vantagem que o Brasil tem. Podemos substituir as lavouras geneticamente modificadas por convencionais em casos de resistência porque temos estoques dessas variedades?, afirma Domit.

Versão transgênica

Mesmo se mantendo no mercado de sementes convencionais, a Embrapa está para colocar no mercado uma novidade que pode agradar os produtores de soja. A tradicional variedade Embrapa 48, há mais de dez anos no mercado e muito bem aceita pelos produtores do Sudeste e Sul do País, vai ganhar versão transgênica. Domit não precisou quando a variedade estará disponível no mercado, mas ela está sendo apresentada aos agricultores no Show Rural Coopavel, que vai até sexta-feira.

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