A sétima edição da Campus Party Brasil começou nesta segunda-feira, 27, aberta apenas aos participantes e “campuseiros” – é como os aventureiros que ficarão acampados no Anhembi Parque até domingo são chamados por aqui. Não muito diferente das edições anteriores, a “festa nerd”, na zona norte de São Paulo, contou com longas filas, muito calor, instabilidade na rede de internet (de 40 Gbps), mas ainda com muita animação.

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Por tradicionalmente não contar com nenhuma programação de palestras e eventos no primeiro dia, o cenário desta segunda-feira da Campus Party foi de tranquilidade – algo bem diferente do que veremos nos próximos dias. Apesar de longas, as filas foram bem menos dramáticas do que nas edições anteriores. O tempo também ajudou e, por enquanto, a chuva não veio para atrapalhar a estabilidade de palcos, nem molhar equipamentos, como aconteceu nas últimas edições.

A área aberta ao público, chamada de Open Campus, ainda estava sendo montada. A área de Startup & Makers, também aberta ao público, contava apenas com os estandes prontos, mas sem nenhum representante das pequenas empresas para “vender o peixe”. Isso porque a programação dessas áreas começa apenas nesta terça, 28 entre 10h e 21h, e segue até sábado, 2. Já na Arena, espaço reservado aos participantes, as mesas estão repletas. São fileiras inteiras reservadas para equipes de jogos, modding (construção de computadores turbinados e temáticos), desenvolvimento ou robótica.

Durante a tarde, uma banda criada pelo italiano Nicolas Ferruggia animou o ambiente, com sua música que mistura samba de roda, da Bahia, cumbia e outros ritmos latinos. Seu grupo, chamado Nicolatinidade, se apresentou no palco principal, logo depois da cerimônia de abertura, às 20h, que contou com o criador do evento, Paco Ragageles; o presidente da Telefônica, Antonio Carlos Valente, tradicional patrocinadora da Campus e a ministra da Cultura, Marta Suplicy, estreando na feira paulista.

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A ministra disse que acredita na cultura digital como elemento fundamental da cultura desta época e parte essencial da economia criativa. Seu Ministério anunciará três editais na área de economia criativa e games. Ao ser questionada sobre a política de inclusão dos games do Vale Cultura – e sua declaração polêmica dizendo não considerar jogos digitais parte da cultura -, a ministra respondeu que foi mal compreendida, alegando que os games são a vanguarda da cultura, mas que não era possível incluí-los num primeiro momento no Vale Cultura, pois era preciso testar a aceitação do programa e seus aspectos.