Em seis anos, Paraná gerou mais 700 mil empregos formais

Em 2008, o Paraná registrou 2.503.927 trabalhadores com carteira assinada. Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgados nesta semana pelo Ministério do Trabalho e Emprego, e mostram que nos últimos seis anos, o emprego formal teve alta de 38,14% no Estado. São aproximadamente mais 700 mil pessoas no mercado de trabalho desde 2002, quando o estoque de mão-de-obra era de 1.812.631 empregados.

Para o secretário estadual do Trabalho, Nelson Garcia, on investimentos em qualificação deram resultado. “O Paraná tem hoje o maior salário regional do Brasil, investe pesado em qualificação profissional, isenta e reduz os impostos para micro e pequenas empresas, reduz o ICMS de 95 mil itens de consumo salário e oferece microcrédito com os menores juros de mercado”, diz ainda o secretário do Trabalho. “Além disso, os investimentos em infraestrutura e desenvolvimento não se concentram apenas na Capital. A economia é mais diversificada, as cidades crescem e atraem empresas, principalmente no Interior “, completa.

Setores

De acordo com a Rais, o setor que mais cresceu no Estado foi a Construção Civil, cerca de 61%. Em dezembro de 2002, eram 60.408 pessoas atuando nas atividades relacionadas a obras e construções. No mesmo mês de 2008, o número saltou para 97.194 trabalhadores.

A Indústria de Transformação contratou, aproximadamente, mais 200 mil funcionários no período. Com alta de 48,87%, foram 608.802 empregados formalizados em 2008.

O número de trabalhadores rurais, com carteira assinada, subiu quase 28% em seis anos. Em 2008, a Agropecuária empregou 104.022 funcionários do campo.

O setor de Serviços registrou 747.050 empregados formais em dezembro do ano passado. Aumento de 31,31% em relação ao mesmo mês de 2002, quando estavam contratadas 568.930 pessoas.

No comércio, o total de trabalhadores passou de 336.703 em 2002, para 524.736, seis nos depois. Crescimento de 55,86%.

O menor aumento foi na Administração Pública, pouco mais de 17%. A Rais, que contabiliza os contratos de celetistas e estatutários, apontava a existência de 392.376 vínculos formais em 2008. Seis anos antes, eram 334.861.

Desde 2003, a remuneração média do paranaense, segundo os dados do Ministério do Trabalho, cresceu 60,48% . Em dezembro de 2002, o salário médio no Estado era de R$ 844,39. Depois de seis anos, o valor alcançou R$ 1.355,09.

Perfil

A Relação Anual de Informações Sociais (Rais-2008) revela que, no Paraná, as mulheres ganharam espaço no mercado formal de trabalho. Dos mais de 2,5 milhões de empregos existentes em dezembro do ano passado, elas ocuparam 1.063.409 vagas. Ainda assim, os homens continuam maioria e responderam por 1.440.518 contratos.

A mão-de-obra feminina superou a masculina nas funções que exigiam curso superior: 247.844 trabalhadoras garantiram vagas que precisavam deste grau de instrução. Cerca de 149 mil homens ocuparam postos de trabalho com o mesmo perfil.

O salário médio das mulheres cresceu, mas continua abaixo dos homens. Elas recebiam R$ 1.211,44, enquanto eles ganhavam R$ 1.462,08.

Idade

Segundo a Rais, a maior parte dos empregos formais em 2008 foi ocupada por pessoas com entre 30 e 39 anos. Trabalhadores nesta faixa etária responderam por 712.344 postos de trabalho. Em seguida, aparecem aqueles com 40 a 49 anos, que garantiram 547.053 vagas.

Os funcionários com 18 a 24 anos foram 475.814 dos empregados no ano. Quem tinha de 25 a 29 anos ocupava 424.611 postos.

Escolaridade

A grande maioria dos empregados no ano passado tinha o ensino médio completo, 942.471 pessoas. Aqueles que concluíram curso superior responderam por 396.908 vagas de trabalho, e os que estudaram até a oitava série do ensino fundamental garantiram 355.747 oportunidades.