Depois de três dias, caminhoneiros que faziam paralisações em diversos pontos de rodovias federais que cortam Minas Gerais encerraram o movimento na maior parte do Estado e liberaram as estradas na maior parte do Estado nesta quarta-feira, 25. No fim da manhã, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), apenas no quilômetro 374 da BR-116, em Frei Inocêncio, ainda era realizada manifestação da categoria, com retenção de cerca de três quilômetros nos dois sentidos.

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A liberação das estradas começou no início da manhã, quando policiais começaram a notificar os caminhoneiros a respeito da liminar concedida pela Justiça Federal para a que os bloqueios fossem interrompidos. Mas a maior parte das rodovias permaneceu com trânsito bastante lento durante, como no trecho da BR-381 entre Belo Horizonte e São Paulo, próximo a Igarapé, na região metropolitana da capital mineira.

Quem trafega no sentido Belo Horizonte-São Paulo enfrenta um congestionamento de aproximadamente 30 quilômetros. Além da grande quantidade de caminhões voltando a circular, a situação foi agravada por uma obra na pista, que teve que ser suspensa por determinação da PRF. No sentido inverso, segundo a polícia, a fila tinha cerca de sete quilômetros.

Na terça-feira, 24, a polícia chegou a registrar 12 pontos de interrupção por causa da paralisação dos caminhoneiros, que reivindicam redução no preço do diesel e aumento no valor dos fretes.

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Para liberar as pistas, a PRF iniciou operação às 6h, com uso inclusive de pessoas administrativo, além de apoio da Polícia Militar e da Força Nacional de Segurança, e, segundo o policial rodoviário federal Renato Messias, não houve resistência.

A liminar expedida pela 14 Vara Federal em Belo Horizonte determinava multa de R$ 50 mil por hora para entidades que mantivessem os bloqueios e de R$ 5 mil por hora para cada caminhoneiro que se recusasse a acatar a determinação. O Judiciário também autorizou a polícia a usar a força para liberar as pistas. No fim da manhã, caminhoneiros também fecharam a BR-365, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, mas suspenderam o bloqueio após serem notificados sobre a decisão judicial.

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Pedradas

O fim da paralisação foi um alívio para parte dos caminhoneiros. Rubens Carlos Santos, viajava de Fortaleza (CE) para São Paulo com a mulher Ana Carla, a sogra Maria Edite e o filho George Robert, de 5 anos. Na segunda-feira, 23, ao ser parado em uma barreira montada pelos caminhoneiro.s próxima a Igarapé, Santos avisou que a criança passava mal, e os manifestantes tentaram puxá-lo à força para fora do veículo, que ainda foi apedrejado. “Me ameaçaram de morte. Agora, só saio daqui com escolta, porque vou ter que passar por eles (manifestantes)”, desabafou o motorista, que optou por permanecer parado no posto da PRF em Betim, também na região metropolitana de Belo Horizonte.