A moeda virtual Bitcoin recuou nesta sexta-feira, 12, dia de ataques cibernéticos globais, após um mês de altas consecutivas. Desde 13 de abril a moeda virtual sem regulamentação centralizada não apresentava desvalorizações até hoje, em que ransomwares atacaram computadores de órgãos privados e públicos de países da Europa, Estados Unidos e até mesmo no Brasil.
O CEO do Mercado Bitcoin, que negocia a moeda no País, Rodrigo Batista, garante, no entanto, que a queda no valor da moeda virtual não tem relações diretas com os ataques sofridos no mundo todo. “É uma ação de mercado. Muita gente comprou Bitcoins nas últimas semanas e a moeda se valorizou. As pessoas queriam ganhar dinheiro, e assim venderam suas reservas”, avalia.
Batista comenta ainda que o pedido de “resgate” feito pelos vírus que atacaram computadores na Europa e em outros lugares é relativamente baixo, e que os vírus têm sido combatidos. “Não faria sentido que esse episódio fizesse as pessoas comprarem mais Bitcoins. Os resgates são baratos e não vão ser pagos pelas vítimas das fraudes”, complementa.
Diferentemente do mercado de ações e de outras moedas convencionais, que funciona com aberturas e fechamentos diários, o mercado dos Bitcoins nunca fecha, portanto as cotações podem mudar. No entanto, a moeda digital chegou a atingir o valor de US$ 1.831,46 no dia 11 de maio, cerca de R$ 5.720 por cada Bitcoin.