Com um volume de negociações que, em alguns contratos, chegou a um terço do montante da segunda-feira passada, os juros futuros encerraram a sessão desta segunda-feira, 23, em leve baixa, seguindo o comportamento do dólar no País e o alívio no mercado internacional. A ausência de notícias relevantes no cenário doméstico e a baixa liquidez generalizada fizeram com que as taxas fossem negociadas em margens estreitas. O mercado espera, no entanto, dados fiscais e de atividade, previstos para sexta-feira.

continua após a publicidade

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 fechou a sessão regular e a estendida em 4,620%, de 4,630% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2023 fechou com taxa de 5,920% (regular) e 5,900% (estendida), de 5,970% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2025 terminou com taxa de 6,570% (regular) e 6,560% (estendida), de 6,640% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2027 caiu de 6,990% no ajuste do pregão anterior para 6,930% na regular e 6,900% na estendida (mínima).

Para efeito comparativo, na sessão regular do janeiro 2021, o número de contratos negociados hoje foi em torno de 121 mil, pouco mais de um terço ante os 347 mil da segunda-feira passada. Na outra ponta, o janeiro 2027 movimentou 21 mil contratos, ante 43 mil do dia 16.

“O mercado está mais técnico, esvaziado, com pouca notícia relevante no campo político e econômico”, resumiu o economista Julio Cesar Barros, da Mongeral Aegon. “Em função da data (antevéspera do Natal), não se esperava, de fato, liquidez maior hoje.”

continua após a publicidade

Para ele, as únicas notícias que podem dar algum fôlego às negociações são os indicadores econômicos do final da semana. Na sexta-feira, pela manhã, será conhecida a taxa de desemprego do trimestre encerrado em novembro, a nota de crédito do penúltimo mês do ano e o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de dezembro.

No mercado, há quem acompanhará também as sondagens de dezembro para comércio, serviços e indústria, que a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulga entre quinta e sexta-feira.

continua após a publicidade

“Os índices de confiança e a PNAD podem reforçar a perspectiva de melhora gradual da economia”, afirmou Barros.