Interessados em aplacar a repercussão política sobre seu papel durante a crise, representantes do setor bancário tiveram hoje um encontro com reguladores, a portas fechadas, para discutir questões como a exigência de capital dos bancos, a liquidez e as estruturas legais. O encontro ocorreu paralelamente às discussões do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

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Banqueiros e reguladores, no entanto, contornaram o assunto sobre a imposição de um seguro global para garantir que os bancos – e não os contribuintes – paguem por futuros erros. Nenhum acordo foi feito em relação a este tema.

Segundo o conselheiro do presidente Barack Obama para assuntos econômicos, Larry Summers, “discussões construtivas e vigorosas” elevaram o nível de entendimento. Nos Estados Unidos, Summers tem enfrentado uma artilharia pesada contra os planos para limitar a atuação dos grandes bancos.

O presidente do Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, em inglês), Mario Draghi, afirmou que os reguladores globais estavam trabalhando em torno de propostas sobre a criação de uma agência central para gerenciar falências bancárias. Os debates incluíam ideias sobre uma sobretaxa de capital ou capital de contingência para instituições consideradas muito grandes para quebrar. “Nós queremos ter uma autoridade ou uma agência que tenha poder, fundos, orçamento e competência para gerenciar uma falência de uma maneira ordeira, afirmou.

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“Ninguém se levantou e disse: não nos regule. Eles teriam perdido tempo se fizessem isso. Todos entenderam que a regulamentação está a caminho”, acrescentou o congressista norte-americano Barney Frank, que está no comando da legislação para regulamentar Wall Street. Em uma discussão pública sobre a economia mundial, Summers e o diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, afirmaram que o crescimento está sendo retomado com mais rapidez que o esperado, mas que ainda é necessário criar um equilíbrio melhor entre nações exportadoras e importadoras.

Imposto

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“Primeiramente, nós concordamos que o que for necessário fazer, precisa ser feito de maneira universal”, disse o ministro das Finanças do Reino Unido, Alistair Darling. “O que mudou é que há uma aceitação dos bancos sobre a necessidade de se fazer mudanças e que elas precisam ser feitas rapidamente, porque é isso que as pessoas esperam.

Sobre uma matéria publicada no jornal Financial Times, segundo a qual os principais banqueiros teriam aceitado a necessidade de criação de um imposto, Darling disse que essa era uma das ideias, mas que não houve nenhum acordo.