Foto: Fábio Alexandre/O Estado |
Frederico Reichman: mais produção, mais energia. continua após a publicidade |
Discutir a problemática energética e debater as alternativas para impedir o esgotamento das fontes de energia em um futuro próximo é o objetivo do Seminário de Tecnologias Energéticas do Futuro, promovido em parceria entre a Federação das Indústrias do Estado (Fiep), a Companhia Paranaense de Energia do Paraná (Copel), o Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec), o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Paraná (IBQP) e o Instituo Paraná Desenvolvimento (IPD). O evento, que está sendo realizado no Cietep, teve início no domingo e se encerra hoje.
Segundo o superintendente de Meio Ambiente da Copel, Frederico Reichman Neto, as fontes energéticas, tanto de eletricidade quanto de transporte, precisam ter novas alternativas. ?Nos últimos anos houve um descuido na preocupação com a questão energética. Como o crescimento do País era lento, as fontes de energia eram suficientes. Agora, com a tendência de crescimento de produção, elas podem se estagnar rapidamente?, diz, apontando o ano de 2010 como limite, caso algumas atitudes não comecem a ser tomadas logo.
Ele cita especialmente os combustíveis fósseis como os mais preocupantes, já que são esgotáveis. ?Hoje o governo diz que o Brasil é auto-suficiente na produção de petróleo, mas se o crescimento sofrer aceleração, o panorama muda. Fora que no máximo em cinqüenta anos o petróleo brasileiro deve se esgotar?, diz. Outro tema destacado por Neto é a questão do gás, que virou assunto nas últimas semanas devido a incertezas em relação ao produto boliviano. ?Daí a necessidade de se ter fontes alternativas de energia, para que mais adiante as indústrias não sofram prejuízos.?
Para o debate, foram convocados nomes que são referências em temas como petróleo, hidreletricidade, energia eólica, energia nuclear, solar, biomassa, células a combustível e conservação de energia.
A intenção da coordenação do evento é fazer um relatório ao final das atividades e divulgá-lo amplamente, chamando a atenção das autoridades para um planejamento imediato no setor, já que em termos energéticos, o planejamento deve ser feito a longo prazo.