Cálculos do economista Marcel Caparoz, da RC Consultores, mostram que a arrecadação de impostos e contribuições federais desacelerou drasticamente de 2012 para cá. Antes, em 2011, disse, a expansão média acumulada em 12 meses era de 10% em termos reais (descontada a inflação).

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Segundo afirmou ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, em 12 meses até setembro a alta real da arrecadação está em torno de 4%. “Começou a se deteriorar em 2012. Chegou a atingir 9,2% em janeiro, mas, no final daquele ano se transformou em 0,7%. Depois, o crescimento real das receitas estacionou neste nível. Se comparado às expectativas para o PIB (Produto Interno Bruto), que estão inferiores a 1,00%, está muito aquém”, avaliou.

Na opinião de Caparoz, a redução no ritmo de avanço da arrecadação, sem dúvida, está atrelado ao baixo crescimento da atividade, mas ressalta que o problema é mais estrutural que conjuntural. “Medidas no âmbito macro precisam ser tomadas para tentar recuperar a expansão econômica e, consequentemente, a arrecadação e as contas públicas. Fazer políticas que se sustentem”, afirmou.

De acordo com a Receita Federal, o total arrecadado em setembro somou R$ 90,722 bilhões, após $ 94,378 bilhões em agosto. No nono mês do ano passado, a arrecadação somou R$ 84,210 bilhões. O dado de setembro ficou perto da medida de R$ 91,000 bilhões da pesquisa do AE Projeções (estimativas de R$ 90,000 bilhões a R$ 95,800 bilhões).

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