Em uma década, a participação do setor público brasileiro na construção encolheu quase 25%, segundo a Pesquisa Anual da Indústria da Construção, divulgada nesta quarta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Considerando a geração de valor das obras, a representatividade do setor público como cliente no total da indústria da construção passou de 42,7% em 2008 para 31,7% em 2017.

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A maior perda de participação do setor público foi no valor das obras de infraestrutura, que passou de 60,3% em 2008 para 52,4% em 2017.

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A atividade da construção gerou R$ 280 bilhões em valor de incorporações, obras e serviços no ano de 2017. As obras de infraestrutura, que respondiam por 47,4% do valor da atividade em 2008, diminuíram para 32,2% em 2017.

Por outro lado, aumentou a representatividade da construção de edifícios (de 37,2% de participação em 2008 para 45,8% em 2017) e dos serviços especializados (de 15,4% para 22,0%).

O setor da construção tinha 126,3 mil empresas ativas em 2017 e aproximadamente 1,91 milhão de pessoas trabalhando na área. O gasto com salários, retiradas e outras remunerações foi de R$ 53,5 bilhões.

Em relação a 2008, porém, houve redução tanto no emprego quanto na remuneração paga pelo setor. A média de pessoal ocupado nessas empresas caiu de 32 para 15 pessoas em 2017, enquanto o salário médio mensal encolheu de 2,7 para 2,3 salários mínimos.

Todos os segmentos tiveram queda na média de pessoal ocupado entre 2008 e 2017. A mais acentuada foi a das obras de infraestrutura, de 93 trabalhadores para 42 pessoas, com redução também na remuneração: a média salarial passou de 3,5 para 2,9 salários mínimos.