O presidente da Eletronuclear, Leonam Guimarães, informou que a portaria que eleva a tarifa da usina nuclear Angra 3, condição fundamental para conseguir um parceiro para terminar a obra, deverá ser publicada no final de setembro pelo Ministério de Minas e Energia.
O grupo que estuda uma solução para o empreendimento tem até o dia 17 de setembro para entregar o resultado das reuniões realizadas desde julho. Serão necessários R$ 14 bilhões para finalizar os 40% que faltam para terminar a obra. Guimarães, que participa nesta quinta-feira da reunião do Conselho de Energia Elétrica da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), disse que tudo caminha para que a obra deve ser retomada em janeiro de 2020 e a unidade entrará em operação em janeiro de 2025.
Segundo o executivo, se Angra 3 já estivesse pronta em 2017 e cobrando a tarifa de R$ 400 o megawatt hora, como está sendo estudado pelo grupo de trabalho, o consumidor brasileiro teria uma economia de R$ 900 milhões.
“O custo do despacho térmico em 2017 foi de R$ 5,8 bilhões. Se Angra 3 já estivesse em operação a economia na conta do consumidor seria de R$ 900 milhões”, afirmou. Ele lembrou que, com a redução da geração hídrica no País decorrente das mudanças climáticas, o aumento da geração térmica será inevitável e a energia nuclear tem se mostrado mais em conta do que as usinas movidas a combustível fóssil.