O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, avaliou nesta quarta-feira, 30, que a privatização da distribuidora goiana Celg D é uma “demonstração importante de confiança no País” e vai gerar um recurso “muito importante” para a recuperação da companhia. Conforme explicou, a Eletrobras receberá R$ 1,065 bilhão pela sua participação na Celg D, acima do valor mínimo de R$ 913 milhões.

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O executivo explicou que esses recursos serão utilizados para manter a adimplência com os investimentos e liquidar as dívidas, “em particular as caras e curtas que foram tomadas nos últimos dois ou três anos”.

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“(A venda das Celg) era parte importante do nosso plano estratégico (…) demos um passo importante de um conjunto de passos que estão delineados”, disse, destacando que o trabalho segue agora para a privatização das demais seis distribuidoras – Boa Vista Energia S/A, Manaus Energia S/A, Companhia Energética de Alagoas (Ceal), Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), Centrais Elétricas de Rondônia S/A (Ceron) e Companhia Energética do Piauí (Cepisa).

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“Era um passo importante, vencido. Tem outros e acho que estamos em um bom caminho”, comentou. A companhia tem como meta reduzir sua alavancagem, para chegar em um patamar inferior a 4 vezes dívida líquida sobre Ebitda, ante as mais de 8 vezes anotadas em setembro.

Para isso, além de renegociar dívidas, a companhia deve avançar em seu plano de desinvestimentos, com o qual pretende arrecadar R$ 4,6 bilhões. O executivo comentou que a ideia é vender “a minoria” das Sociedades de Propósito Específico (SPE), mas não revelou quais tendem a vender ou quais a companhia não pretende se desfazer.

Questionado sobre três aportes realizados pela União na estatal, que somam cerca de R$ 3 bilhões, na forma de Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (AFAC), Ferreira Junior falou que não trabalha mais com essa perspectiva. “Agora temos que ir com as próprias perdas, mesmo”, diz.