Há uma ?sobra conjuntural? de energia elétrica no País. A avaliação é de Altino Ventura Filho, presidente da Eletrobrás, ?holding? estatal responsável por 43% de toda energia gerada no Brasil.
Em apresentação na Associação Brasileira dos Analistas do Mercado de Capitais (Abamec), Altino disse que a empresa quer alterar alguns pontos do leilão de ?energia velha?, adiado para o dia 16 de setembro.
Pelas normas atuais, a Eletrobrás terá de ofertar pelo menos 2.126 MW médios no leilão, equivalente à metade dos 25% do total que será liberado para livre comercialização a partir de 2003. Outros 2.126 MW médios seriam vendidos no Mercado Atacadista de Energia (MAE), conforme as normas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), mas a Eletrobrás considera que teria prejuízos com essa solução.
As empresas do grupo Eletrobrás (Furnas, Chesf, Eletronorte) têm contratos no montante de 17.214 MW com as distribuidoras, além de comercializar a energia de Itaipu e da Eletronuclear.
O presidente da Eletrobrás considera que os preços do MAE ?estão muito baixos? e não remuneram adequadamente os custos das geradoras. O MWh no MAE está em R$ 10,11 para a região Sudeste esta semana, enquanto as geradoras têm contratos de R$ 50 a R$ 70 o MWh. Essa mesma energia chega ao consumidor residencial por R$ 213,34, a R$ 187,03 para o comércio e a R$ 98 97 para a indústria, em média, na região Sudeste.