Depois de Londrina, Maringá e Foz do Iguaçu, agora é a vez de os eletricitários de Curitiba e região cruzarem os braços. A greve por tempo indeterminado, que começa na próxima segunda-feira, dia 23, foi aprovada pela categoria em assembléia. Eles contestam a alteração na forma de pagamento da dupla jornada – eletricista e motorista -, por parte da Copel, que teria provocado redução nos salários dos trabalhadores.
?Essa mudança trouxe prejuízos substanciais aos empregados?, afirmou Alexandre Donizete Martins, diretor do Sindicato dos Eletricitários de Curitiba e Região e coordenador do Coletivo Sindical, que reúne 13 sindicatos do setor no Estado. Segundo Martins, a medida afeta diretamente 4.622 funcionários da Companhia Paranaense de Energia (Copel) no Estado, cerca de 662 apenas em Curitiba. ?A nossa greve é por tempo indeterminado, mas já encaminhamos comunicado à Copel afirmando que estamos abertos à negociação?, afirmou.
Os primeiros a aderir à greve foram os funcionários da região de Londrina, que estão parados desde o último dia 13. Na última quarta-feira, foi a vez dos eletricitários da região de Maringá. Na região de Foz do Iguaçu, a opção também foi pela paralisação. Os eletricitários em greve são aqueles que fazem parte da linha de frente de operação da Copel, que atendem diretamente os consumidores, fazendo ligações novas e atendendo emergências como queima de fusível e de transformadores.
Copel
Em nota na Agência de Notícias, a Copel informou que não está conseguindo atender no tempo devido as solicitações de serviço feitas pelos consumidores em algumas regiões do Paraná. ?A causa é um movimento grevista patrocinado por sindicatos de eletricitários que, contrariando a legislação, não mantêm o efetivo mínimo de 30% da força de trabalho para evitar prejuízo à prestação de serviços essenciais?, informou a nota, acrescentando que ?apesar do empenho em suprir a obrigação que seria dos sindicatos, o esforço não está sendo suficiente para dar conta de todas as solicitações e a população pode estar sendo prejudicada?.
Para a Copel, conforme a nota, a greve que está prejudicando a normalidade do atendimento à população é ?descabida, despropositada e injustificável?.
