Com o início da contagem regressiva para a eleição presidencial nos Estados Unidos, o livro Bernanke’s Fed (O Fed de Ben Bernanke, em tradução literal), escrito pelo economista-chefe do banco de investimento Lehman Brothers, Ethan Harris, e lançado este mês nos EUA, levanta o debate sobre se a Casa Branca vai renovar a nomeação de Bernanke à frente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), principalmente se a vitória for do Partido Democrata.

continua após a publicidade

É o próximo presidente dos EUA quem vai decidir o destino de Bernanke em 2010, quando expira seu mandato de quatro anos. Em Nova York, Harris disse que o maior teste virá no fim do ano, quando a corrida presidencial estiver no ápice. Para analistas, a contagem regressiva para as eleições começou esta semana, com a convenção nacional do Partido Democrata. A convenção dos republicanos será no dia 1º de setembro. No último trimestre do ano, quando haverá a votação para presidente (4 de novembro), o economista prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA terá resultado negativo e a taxa de desemprego estará em escalada ante os atuais 5,7%, até atingir o pico de 6,3% em meados de 2009.

Harris acredita que Bernanke, escolhido por George W. Bush, vai ser alvo de críticas do Congresso dos EUA, que tem maioria democrata. Ele diz que, no fim do ano, deve ocorrer o pior no mercado de imóveis junto ao desaparecimento (dos efeitos) do estímulo fiscal. “Haverá alguma pressão política.” Harris diz que, até agora, não viu sugestões em discursos de que Bernanke precisaria ser substituído. Mas ele afirma que também “não está havendo o tipo de endosso que Alan Greenspan (presidente do Fed de 1987 a 2006) recebeu de candidatos presidenciais em eleições anteriores”. “Geralmente, os candidatos endossavam Greenspan de forma entusiástica.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

continua após a publicidade