Eike Batista, o homem mais rico do Brasil, já fixou data para se tornar o mais rico do mundo. Ele espera que isso aconteça em 2015 ou 2016. Atualmente, o empresário tem uma fortuna estimada em R$ 50 bilhões. A previsão de Eike foi feita em entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo.
Eike nunca foi pobre, mas se hoje tem muito dinheiro é porque sua estrela de empreendedor brilhou ainda na juventude. Mesmo com uma respeitável conta bancária nos anos 70, o garoto rico não se acanhou de vender seguros de porta em porta na Alemanha, onde fazia faculdade de engenharia. “É uma febre, você pega uma febre de querer continuar nessa independência financeira”, definiu.
O bilionário não escapou da pergunta se é feliz no que faz. “Eu me considero um criador de riqueza como um compositor compõe uma música. As minhas notas por acaso são dinheiro”, explica Eike. A sinfonia da multiplicação começou cedo – e seu símbolo, o “x”, sinal de “vezes”, está nos nomes de todas as empresas .
Para chegar ao conglomerado de empresas, o empresário começou garimpando ouro na selva amazônica. “Eu tive muita sorte, porque em um ano e meio, eu cheguei a comprar US$ 60 milhões em ouro e fiquei com a margem líquida de US$ 6 milhões. Então, com 23 anos. Nada mal”, brinca Eike.
Para os empresários iniciantes, Eike dá um conselho: “empreender nada mais é do que identificar ineficiências, falta de qualidade de produtos e fazer algo melhor. E melhor de tudo é fazer algo melhor e mais barato. Se você conseguir combinar essas duas coisas, você vai ganhar muito dinheiro”.
O negócio na selva, lembrou, não foi às mil maravilhas apesar dele ter investido em pesquisa para saber o potencial de um garimpo e na mecanização da produção. “Agora, eu, obviamente, subestimei logística, logística na Amazônia, doenças, malária, gente mesmo. Você botar um negócio que nunca tinha sido feito antes. A mina era tão rica, que ela aguentou todos os meus desaforos. E aí tem um aprendizado. Quer dizer, encare negócios para empreender que tenham gordura, margens altas, margens de lucro potencial altas”, explica Eike.
Depois desta experiência, Eike desenvolveu uma visã de negócios que ele batizou de 360º – e que está detalhada em um livro escrito em parceria com o jornalista Roberto D’Ávila. A ideia é que todos os aspectos do negócio precisam ser levados em conta antes de começar um empreendimento. Daí os 360º. “Eu sempre fui buscar o máximo de conhecimento possível para errar menos”, explica.
Eike ficou conhecido do grande público após o casamento com a modelo Luma de Oliveira, que durou 13 anos. Ao lado dela, no mundo das celebridades, Eike sempre posava como coadjuvante. Do casamento, ficaram dois filhos.
Com todo o tino que têm para os negócios, Eike não dispensa uma ajuda do além. No luxuoso escritório com vista privilegiada no Rio de Janeiro, ele só se senta de frente para a porta. De amuletos, tem dois guerreiros incas – do império do ouro – e um elefante indiano.
A superstição se estende ao 63 – número da lancha com a qual bateu o recorde mundial de velocidade. E a partir de então, o número da sorte do bilionário Eike Batista, que se admite competitivo: “Eu diria que aceito quase qualquer desafio”. Principalmente no mundo dos negócios.
