O presidente egípcio, Abdel-Fattah el-Sissi, disse que seu governo introduzirá um regime de cobrança de imposto sobre valor agregado, no âmbito de importantes reformas econômicas em andamento. A medida, segundo analistas, pode ajudar a reforçar a receita do país e também a reduzir a vasta informalidade da economia egípcia, ainda que seja de difícil execução.
O governo egípcio vem discutindo há anos a introdução desse imposto. Em artigo no Wall Street Journal, el-Sissi disse que o tributo sobre valor agregado, junto com um sistema tributário simplificado para pequenas e médias empresas, irá “elevar as receitas e impulsionar os incentivos ao investimento, criar empregos e melhorar o fluxo de caixa das empresas”.
A economia egípcia luta para se recuperar, após os distúrbios que se seguiram ao levante que derrubou Hosni Mubarak em 2011. El-Sissi, agora há um ano no poder, tenta estabilizar o país e impulsionar sua economia. O Egito lançou grandes projetos, incluindo uma ampliação do Canal de Suez. Um anúncio de construir uma nova cidade capital, porém, teve até agora poucos investimentos.
No artigo, o presidente egípcio disse que seu governo busca um crescimento de 5% no ano fiscal corrente, movido pelo investimento estrangeiro direto e pela implementação de vários projetos de energia, infraestrutura e agricultura. Em visita nesta mês ao Egito, uma equipe do Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que o desemprego, o déficit fiscal e o endividamento público do país estão altos. Na ocasião, o FMI disse que a implementação de um imposto sobre valor agregado, subsídios menores para combustível e eletricidade ajudariam a melhorar o orçamento nacional. Fonte: Associated Press.