O novo secretário de política econômica do Ministério da Fazenda, Fabio Kanczuk, disse nesta segunda-feira, 21, que a alta dos spreads bancários nos empréstimos para pessoas jurídicas levou a equipe econômica a revisar para baixo a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2017. Até então sem revelar o novo número, ele disse que a atualização na estimativa era pequena.

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“Os spreads no crédito às empresas estão subindo. O crédito está mais caro, e esse é um indicador do risco que o setor bancário percebe nas empresas”, afirmou. “Crédito mais caro é um fenômeno natural de todos os processos recessivos. A lucratividade das empresas é ligada à atividade econômica e cai quando a economia cai. E como o lucro caiu, as empresas estão relativamente mais endividadas”, completou.

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Segundo Kanczuk, esse encarecimento do crédito para as empresas está por trás da revisão da estimativa de PIB da Fazenda. “A dimensão desse efeito só se tornou clara agora. O endividamento das empresas está se tornando mais claro e puxando os spreads para cima. Por isso, a nova projeção é um pouco menor do que o que prevíamos antes”, afirmou.

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De acordo com o secretário, a revisão foi marginal. “O efeito é pequeno e continuamos falando da recuperação da economia e da indústria. Vocês vão ver que estamos projetando o PIB um pouquinho menor”, acrescentou. “A confiança está voltando, mas esse retorno ficou pouco menor do que era previsto”, comentou.

Kanczuk anunciou nesta segunda-feira que a previsão da equipe econômica para o crescimento da economia brasileira em 2017 foi rebaixada de 1,6% para 1%.