As hortaliças e verduras, os ingressos para jogo de futebol, o etanol combustível e as mensalidades do ensino fundamental foram os principais vilões que levaram à alta de 0,75% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de fevereiro, em Curitiba. A taxa veio após uma pequena alta de 0,21%, observada em janeiro. A informação foi divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que também apontou uma média nacional de 0,94% para o indicador, este mês, ante taxa de 0,52% no mês anterior.

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No subgrupo Hortaliças e Verduras, em que a alta, em Curitiba, foi de 12,71%, o produto que teve o maior aumento foi o repolho, com 37,01%, seguido da alface, com 9,88%. Os itens ficaram na primeira e na quinta posições, respectivamente, entre os que mais subiram no período pesquisado. Com acréscimo de 11,67%, o ingresso para jogo foi o segundo item que mais aumentou, seguido pelo etanol (11,59%) e pelas mensalidades do ensino fundamental (10,07%).

Entre os grupos pesquisados, o maior índice em Curitiba ficou com Educação, que teve alta de 5,36%, puxada pelas mensalidades de cursos (6,46%). O outro grupo que ficou acima da média na capital foi o de Despesas Pessoais (0,77%). Em seguida, vieram os grupos de Alimentação e Bebidas (0,67%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,57%), Transportes (0,53%), Artigos de Residência (0,48%) e Comunicação (0,03%). As categorias de Habitação e de Vestuário foram as únicas que tiveram baixas, ambas de 0,12%.

O índice de fevereiro, em Curitiba, é o quarto mais baixo entre as 11 capitais pesquisadas. No acumulado do ano, o IPCA-15 curitibano tem alta de 0,96% e é também o quarto menor do País. Já nos últimos 12 meses, a taxa é de 4,48% e fica na sexta posição. Na média das capitais, até este mês, o IPCA-15 registra alta de 1,46% no acumulado do ano e de 4,63% no período dos últimos 12 meses. O IPCA-15 é apurado com base na variação dos preços entre a segunda quinzena do mês anterior e a primeira quinzena do mês corrente.

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Grupos

No índice nacional, o grupo Educação registrou alta de 4,55% em fevereiro e contribuiu com 0,32 ponto porcentual no resultado do IPCA-15 do mês. Segundo explicam os técnicos do IBGE no documento de divulgação do índice, o resultado reflete os reajustes das mensalidades escolares, sobretudo dos cursos de ensino formal (5,38%). Os alimentos também registraram aceleração de preços para 0,98% em fevereiro, ante 0,81% em janeiro. O grupo dos não alimentícios registrou alta de 0,93% em fevereiro, ante 0,44% em janeiro, com impacto especialmente dos ônibus urbanos (3,84%), gasolina (1,34%) e álcool (8,86%).

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