O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse nesta quarta-feira, 8, que o governo está empenhado em retomar o plano de construção de quatro usinas nucleares no País. Hoje o Brasil possui apenas duas em operação, Angra 1 e 2, além de Angra 3, que está em construção e deve ser concluída até 2018.
O plano de expansão de energia por fonte nuclear passou os últimos anos na gaveta, por conta dos desdobramentos do acidente de Fukushima, no Japão, em 2011. Agora o governo promete retomar o plano.
Em audiência pública no Senado, Braga disse que a geração de energia pela usina nuclear é a mais barata do País. “Não podemos abrir mão da fonte nuclear”, comentou, destacando que, no plano do setor até 2030, está prevista a construção de mais quatro nucleares.
“Vamos criar um novo modelo para criação dessas quatro usinas. Temos discutido e debatido. Temos de dar uns passos importantes, ousados e corajosos nessa direção”, comentou Braga. O ministro destacou que 21 locais no País já foram estudados e que as análises estão sendo aprofundadas.
Petróleo e gás
O ministro também informou que a 13ª rodada de leilão de exploração de petróleo e gás deve ser realizada somente no último trimestre de 2015. Até então, a previsão do governo era de que fosse realizado em algum momento do segundo semestre deste ano. Está prevista a licitação de áreas em terra e no mar, na camada pós-sal.
“Estamos discutindo com a presidente Dilma Rousseff as áreas que entrarão no certame e os blocos a serem licitados devem ser apresentados ao mercado ainda em abril”, disse.
Mineração
Eduardo Braga voltou a defender a aprovação pelo Congresso Nacional do marco da mineração, que inclui a criação de uma agência reguladora para o setor, apresentando, na audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado, nesta quarta-feira, 8, dados sobre a importância de diversos minérios para a pauta de exportações brasileiras.
Além da exploração de ferro e nióbio, metais nos quais o Brasil já tem destaque no mercado mundial, Braga citou a necessidade de maiores investimentos na mineração de lítio e terras raras, cuja demanda internacional deve crescer nos próximos anos. Ele ainda pontuou a importância da atividade mineradora na obtenção de insumos para outros setores da economia, como a agricultura e a construção civil.
“A mineração é um setor estratégico que exige mais debate e atenção política no País. Depois de um início de governo muito voltado para a solução de problemas do setor elétrico, vamos aumentar o peso e a responsabilidade para a área de mineração no ministério”, afirmou.