Um contingente cada vez maior de economistas acha que é hora de o Federal Reserve Bank tomar o pé do acelerador.
A pesquisa da Associação Nacional de Economia de Negócios (Nabe, na sigla em inglês), divulgada nesta segunda-feira, constatou que 44% dos economistas entrevistados disseram que as atuais políticas monetárias do Fed são “estimulantes demais”, uma forte alta antes os 26% que assumiram essa posição em uma pesquisa de setembro de 2012.
O Fed continuou sua política agressiva nos últimos seis meses, comprometendo-se em dezembro a comprar US$ 85 bilhões por mês em títulos lastreados em hipotecas e bônus do Tesouro de maneira ilimitada, além de manter as taxas de juros perto de zero. Ambos os esforços são destinados a pressionar para baixo os custos de empréstimos e estimular o crescimento econômico.
Dos mais de 192 economistas consultados, 53% ainda sentem que a estratégia está “quase certa”, mas esse número caiu ligeiramente ante a pesquisa anterior quando havia registrado 60%. Na atual pesquisa, apenas 3% acham que a política monetária é restritiva demais.
“Conforme a economia continua a melhorar, provavelmente, há alguma preocupação de que a carteira do Fed está ficando cada vez maior e, mais cedo ou mais tarde, o custo percebido dessas políticas vão superar os benefícios”, disse Jay Bryson, economista do Wells Fargo Securities e um dos autores da pesquisa.
Dois terços dos entrevistados disseram que o Fed deve encerrar as compras de ativos adicionais ainda neste ano, com 17% defendendo a suspensão imediata.
Em depoimento ao Congresso na semana passada, o presidente do Fed, Ben Bernanke, disse que o banco central pretende realizar uma nova revisão de sua estratégia em breve. Ele disse que o Fed pode vender seus títulos de hipotecas de forma mais lenta do que o esperado ou até mesmo deixar que eles vençam.
O banco central “continua confiante de que tem as ferramentas necessárias para apertar a política monetária quando chega a hora de fazer isso”, disse Bernanke.
A pesquisa apontou que 66% dos entrevistados apontavam que os programas de compra de títulos, conhecidos como relaxamento qualitativo, têm sido bem sucedidos.
Enquanto a maioria é favor de acabar com os programas de compra de títulos no curto prazo, muito poucos pensam que o Fed aumentará as taxas de juro de curto prazo neste ano. Dos entrevistados, 49% disseram que o Fed deverá primeiro elevar as taxas em 2014 e 38% disseram que o banco central vai adiar a medida até 2015. As informações são da Dow Jones.