O novo secretário de Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), Norberto Ortigara, tomou posse ontem, com quatro objetivos bastante claros: promoção da melhora na qualidade de vida do produtor rural, aumento da competitividade da agricultura paranaense, sustentabilidade nos processos de manejo do solo e ampliação da rede de abastecimento do Estado.
“Os quadros da Seab e dos órgãos vinculados foram ocupados por profissionais que conhecem com profundidade o setor”, elogiou o professor universitário e analista da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Eugenio Stefanelo.
Para avançar nas prioridades, Ortigara deixou claro em seu discurso de posse que a Seab irá trabalhar de forma “harmoniosa” com os organismos públicos e privados do setor.
“Temos o desafio de recuperar a capacidade de trabalho das entidades públicas, tornando-as mais eficazes”, ressaltou o secretário.
Eficácia que coloca em xeque a existência de algumas autarquias como o Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA).
“Pretendemos contratar uma espécie de auditoria de um órgão fora do Estado para avaliar os resultados apresentados pelo CPRA, e analisar até que ponto ele é necessário, uma vez que temos o Iapar (Instituto Agronômico do Paraná) e vamos reinseri-lo em um contexto mais ousado de pesquisa”, afirmou Ortigara.
Para um dos novos diretores do Iapar, Florindo Dalberto, a existência das duas entidades é perfeitamente viável.
“O CPRA desenvolve um trabalho notável e precisamos avaliar com muita cautela se pode ou não ser incorporado ao Iapar porque são frentes de pesquisas diferentes”, ponderou. “Aceitei o convite de voltar ao Iapar porque tenho plena convicção de que desenvolveremos um projeto de construção sustentável para a agricultura”, acrescentou.
Abastecimento
Um dos motes da nova secretaria ficará a cargo da Central de Abastecimento do Paraná (Ceasa), já que Ortigara pretende levar para todas as regiões do Estado ações já consagradas em Curitiba.
“Vamos melhorar o abastecimento em todo o Estado. Haverá condições mais atraentes tanto para quem vende, quanto para quem compra. E o pequeno produtor será valorizado com a democratização do acesso aos pontos de vendas, pois ele conseguirá comercializar suas mercadorias sem se submeter às exigências das grandes redes supermercadistas”, apontou o novo diretor agrocomercial da Ceasa, Eduardo Pimentel Slaviero.