Arquivo / O Estado
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Serathiuk: alternativa para quem
está fora do mercado formal.

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O Paraná, que possui 524 empreendimentos de economia solidária, tem mais de 32,8 mil trabalhadores envolvidos com esse tipo de economia. Destes, 19.281 são homens e 13.610 mulheres. Os dados foram levantados no mapeamento dos empreendimentos de economia solidária realizado em todo o Estado pelo Instituto de Filosofia da Libertação (Ifil), conveniado com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), no período de 15 de julho a 11 de outubro. A secretaria executiva do Fórum Paranaense de Economia Solidária, juntamente com a equipe gestora estadual do programa, acompanhou e colaborou com o processo de mapeamento.

Segundo a coordenadora da pesquisa e representante do Ifil, Maria da Glória M. de Oliveira, foram visitados 110 municípios das regiões de Londrina, Maringá, Cascavel, Guarapuava, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu, Jacarezinho, Campo Mourão, Curitiba, litoral e Francisco Beltrão. Do total de empreendimentos, 196 são rurais (trabalham com agricultura, pecuária e agroindústria), 198 são urbanos (reciclagem, artesanato, confecção e prestação de serviços) e 130 são rurais e urbanos (produzem na área rural, mas comercializam no urbano).

A região com mais empreendimentos é a de Curitiba e litoral – com 156. Em segundo lugar está Francisco Beltrão com 118 empreendimentos, sendo 100 rurais. ?Em Beltrão, eles trabalham muito com leite, carne, pecuária e cana-de-açúcar?, diz a coordenadora da pesquisa.

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De acordo com Maria da Glória, 269 empreendimentos são formais e 255 são informais, ?que são aqueles que não têm CNPJ registrado?, esclarece. A pesquisa constatou que a região de Francisco Beltrão tem mais pessoas trabalhando com economia solidária: mais de 4,6 mil. Entre os principais problemas que o setor enfrenta estão: a dificuldade de acesso ao crédito e a falta de assistência técnica, gerencial e administrativa, ?pois muitos que trabalham com economia solidária têm dificuldades de administrar seus negócios?, explica a coordenadora da pesquisa.

As informações obtidas em campo já estão sendo transmitidas para o sistema da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes). Após o cadastramento, que está praticamente no fim, a Senaes fará uma publicação na internet com todas as informações disponíveis ao público. ?Com os dados disponíveis, ONGs, órgãos do governo, entre outras entidades, poderão ter conhecimento da situação dos empreendimentos de economia solidária e, assim, terão condições de ajudar e colaborar com as iniciativas?, diz Oliveira.

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Para o delegado regional do Trabalho, Geraldo Serathiuk, a economia solidária é hoje uma alternativa em fase de expansão para aqueles que estão fora do mercado de trabalho formal. Tem como base a ajuda mútua, visando à geração de trabalho e renda, a inclusão social e a promoção do desenvolvimento justo e solidário.