A economia informal no Brasil gerou recursos acima das estimativas do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) e do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV) no ano passado. Segundo as instituições, a chamada economia subterrânea, que abrange o conjunto de atividades relativas à produção de bens e serviços deliberadamente não reportada aos governos, movimentou em torno de R$ 663 bilhões em 2010, acima dos R$ 656 bilhões projetados em novembro do ano passado.
O valor foi apurado a partir do Índice de Economia Subterrânea, que mede a evolução da economia informal no País e confirmou a tendência de estabilidade em 2010. Cálculos das instituições apontam que a economia subterrânea representou em torno de 18,3% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, porcentual muito próximo ao registrado em 2009 (18,5%) e em 2008 (18,7%).
Na análise da fundação, as variações observadas nos últimos três anos na participação da economia informal dentro do PIB representam ajustes e não apontam queda relevante.
Em novembro do ano passado, as instituições já haviam apontado tendência de estabilização na fatia da economia informal no PIB, nos últimos três anos. Entre 2003 e 2008, a economia subterrânea cresceu menos que o PIB, de acordo com as entidades.