A economia brasileira em 2015 tende a uma semelhança muito grande com 2003, disse nesta quinta-feira, 21, o diretor de Pesquisa Macroeconômica do Bradesco, Octavio de Barros, durante evento da SCA System Consultores Associados que ocorre hoje e amanhã em São Paulo.

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Neste sentido, segundo o economista, como foi em 2003, o primeiro semestre do ano que vem será de ajustes e reformas e o segundo semestre de recuperação da confiança. De acordo com Barros, a previsão de crescimento do PIB nacional para este ano é de 1%, mas com algum viés de baixa. Em 2015, no entanto, disse o diretor do Bradesco, a economia brasileira deve crescer a uma taxa de 1,5%.

“Acho que vamos crescer 1,5% em 2015, porque já estamos fazendo alguns ajustes, como na energia elétrica, por exemplo”, disse Barros. Uma área que poderá contribuir para o melhor desempenho da economia brasileira em 2015, segundo Barros, é a produção de petróleo, que deve crescer no ano que vem acima da expansão de 5,8% prevista para neste ano.

Outra variável que de acordo com o economista do Bradesco vai ajudar é o consumo das famílias, que deve se expandir a uma taxa de 1,5% neste e no próximo ano. “É natural que o consumo das famílias cresça em diálogo com o crescimento do PIB”, observou.

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Mas esse patamar de crescimento do PIB deve se alargar, de acordo com Barros. “Não vai ficar nesse patamar. Vai se recuperar. É intuitivo se imaginar que o PIB potencial do Brasil vai ficar em 3,5%”, disse o diretor do Bradesco, que antes acreditava que fosse de 4%, mas que alterou sua visão diante da mudança do patamar de crescimento da economia global.

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Para Barros, o problema do Brasil é eminentemente industrial, e o setor só deve se recuperar porque a base de comparação é baixa.