A economia do Reino Unido cresceu 0,1% no quarto trimestre de 2009, em comparação com o terceiro trimestre do mesmo ano, e saiu de uma recessão que havia começado no segundo trimestre de 2008. A informação foi divulgada hoje pelo Escritório de Estatísticas Nacionais. Em relação ao quarto trimestre de 2008, o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido caiu 3,2%.
Economistas estimavam alta de 0,4% no PIB do quarto trimestre de 2009. A expansão pode dar suporte ao primeiro-ministro Gordon Brown antes das eleições nacionais, que deverão ser realizadas em 3 de junho. Pesquisas recentes sugerem que a sólida liderança do Partido Conservador, de oposição, está diminuindo.
O Banco da Inglaterra (BoE, o banco central inglês) alertou, porém, que a recuperação provavelmente será lenta e frágil, considerando os obstáculos no sistema bancário e a necessidade de reduzir os altos níveis de dívida do setor público e das famílias. Hoje, Brown afirmou que seu governo não vai começar a cortar os gastos públicos neste ano, argumentando que os esforços para isso colocariam em risco a recuperação.
Em janeiro, economistas consultados pelo Tesouro do Reino Unido previam que a economia cresceria 1,4% neste ano, após ter registrado contração de 4,7% em 2009. Em dezembro, o Tesouro havia previsto que a economia crescerá 1,5% neste ano e entre 3% e 3,5% em 2011.
Embora a mais severa recessão desde a Segunda Guerra Mundial possa ter acabado, seu impacto vai durar algum tempo. A taxa de desemprego deverá continuar aumentando nos próximos meses, assim como as falências de empresas.
Além disso, a dívida do governo britânico deverá crescer nos próximos anos. O Tesouro prevê um aumento para pouco menos de 77% do PIB no ano fiscal que termina em 2014, em comparação com 40% do PIB antes do começo da recessão. As informações são da Dow Jones.