Após um desempenho do comércio eletrônico no primeiro semestre melhor do que o esperado, a Ebit elevou sua estimativa para o crescimento do número de pedidos feitos no varejo online. A empresa especializada em informações do setor projetava um crescimento de 4% na quantidade de compras no ano e revisou a projeção para 6,5%.
O impacto desse aumento no faturamento nominal do setor, no entanto, não deve ser relevante porque o tíquete médio das compras tem crescido menos em meio a uma queda nos preços no setor.
Em quantidade de pedidos, a expectativa é de chegar a 113,2 milhões este ano ante 106,3 milhões no ano passado. Já o tíquete deve crescer 3,3% no ano, para R$ 431. A estimativa inicial da Ebit era de alta de 8%.
“O comércio eletrônico voltou a registrar deflação”, comentou o diretor de operações da Ebit, André Dias. A deflação é comum no e-commerce porque a participação de eletrônicos é alta nas vendas do setor e a atualização tecnológica costuma derrubar preços de produtos de tecnologias anteriores. Apesar disso, no ano passado o impacto da inflação brasileira chegou a provocar alta de preços online e o recuo agora provocou uma mudança nas estimativas.
Com esse efeito nos preços, a previsão da Ebit é de alta de 10% no faturamento do comércio eletrônico no ano ante 2016 em termos nominais. Essa estimativa foi revista para baixo ante uma projeção de 12% feita no início do ano, justamente em razão do efeito da deflação no tíquete médio.