O pesquisador da área de Economia Aplicada da FGV/Ibre, Bruno Ottoni, diz que os resultados do Banco Mundial corroboram uma percepção já partilhada pelos pesquisadores brasileiros. Estudo do Ibre sobre o tema, do qual ele participou, mostra que para ganhar produtividade e criar empregos de qualidade seria preciso fazer as reformas, a fim de ter um ambiente de negócios mais favorável. “É preciso tocar essa agenda de reformas.” A seguir, trechos da entrevista.
O sr. concorda com os dados do estudo do Banco Mundial?
Temos sim um problema seriíssimo, que já era grande antes da crise piorou com a crise, de pessoas que estão numa situação educacional e profissional que as tornam menos prováveis de terem sucesso no mercado de trabalho no futuro.
Como reverter a situação?
Algumas sugestões do Banco Mundial já estão mapeadas. Eles citam informar melhor os jovens sobre os benefícios do estudo. O custo de fazer isso é muito baixo, simplesmente mandar pessoas na casa dos alunos para informá-los. O efeito é grande. Outra é desenhar programas de transferência de renda para estimular a conclusão do ensino médio.
Estudo do Ibre mostra que só o aumento da escolaridade não foi suficiente para tornar o País mais competitivo. Qual é a saída?
Para ganhar produtividade e gerar empregos de qualidade no País seria preciso fazer as reformas para que tenhamos um ambiente de negócios mais favorável. É preciso tocar a agenda de reformas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.