A crise financeira global exige mecanismos de prevenção, controle e total transparência das atividades financeiras, disse nesta terça-feira (23) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao abrir os debates da 63ª Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). “Uma crise de tais proporções não será superada com medidas paliativas”, acrescentou.
“Os organismos supranacionais carecem de autoridade e instrumentos para coibir a anarquia especulativa”, disse, destacando a necessidade de “reconstruí-los em bases completamente novas”.
Lula disse ainda que o “ônus da cobiça desenfreada não pode cair impunemente sobre todos”. Ele acrescentou que “a economia é séria demais para ficar nas mãos dos especuladores. A ética deve valer também na economia, emendou o presidente no início de seu discurso, repleto de observações duras sobre a crise financeira global.
Segundo ele, o caráter global da crise demanda que as soluções que venham a ser adotadas deverão ser também globais, “tomadas em espaços multilaterais legítimos e confiáveis, sem imposições”. Da ONU, disse ele, deve partir a “convocação para uma resposta vigorosa às ameaças que pesam sobre nós”.