O ministro de Finanças da Itália, Giulio Tremonti, pediu hoje que as autoridades europeias reforcem a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) além da versão ampliada aprovada pela cúpula da União Europeia em 21 de julho – que ainda está em votação pelos Parlamentos dos 17 membros da zona do euro. Segundo Tremonti, essa nova formatação não atende às expectativas.

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“Nesse caso, existe uma assimetria entre as intenções e as ações. Se observarmos o comunicado de julho, achamos que (a nova versão da EFSF) é uma ferramenta forte, eficiente. Mas se observarmos agora, vemos que ela só foi expandida para 440 bilhões de euros, que tem limites operacionais e é inflexível”, comentou o ministro italiano. “Se nós compararmos isso com a ambição original, a coisa verdadeira é muito mais limitada”, acrescentou.

Tremonti também afirmou que a crise da dívida soberana pode se transformar em uma crise bancária. “A crise da dívida tem seu epicentro na Europa, gira em torno dos riscos soberanos e está aparentemente gerando riscos para bancos”, comentou. Para evitar o contágio, ele afirma que os governos precisam se focar no fortalecimento das finanças públicas e descartou quaisquer medidas para impulsionar a economia.

“A tendência é dar absoluta prioridade para as contas públicas. Para nós, não existiam e não existem alternativas. Gastar mais significa ter um déficit maior e um crescimento menor”, comentou. A afirmação contrasta com uma declaração do primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, que disse ontem que estava trabalhando em um decreto para combater a crise da dívida soberana e impulsionar o crescimento econômico. As informações são da Dow Jones.

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