O sócio da consultoria Bright, Paulo Cardamone, avalia que a revenda digital “é o começo do processo de grande transformação do mercado de vendas de automóveis”. Segundo ele, o futuro da distribuição de veículos será muito diferente do atual. “A tendência é de showrooms hiperdigitalizados, oficinas compartilhadas entre diferentes marcas e poucas revendas.”

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Cardamone cita que já há lojas digitais na Europa de marcas como Audi, BMW e Mini e na China. Segundo ele, concessionárias nos moldes atuais vão praticamente desaparecer.

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No Brasil, 740 revendas fecharam as portas entre 2014 e 2017, no auge da crise econômica. “Eram lojas preparadas para um mercado de 4 milhões de veículos ao ano, número que levará muito tempo para ser atingido.”

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Ressalta ainda que já há importantes mudanças na forma de comprar carro atualmente. “Há pesquisas que mostram que 85% dos compradores já chegam nas lojas decididos, pois fizeram pesquisas na internet.”

Estudo divulgado nestq quinta-feira, 22, pela consultoria J.D.Power em parceria com o portal iCarros confirma que as mídias sociais têm impacto direto no processo de escolha de um veículo. A pesquisa mostra que 53% dos potenciais compradores utilizam o Facebook na busca por um automóvel, 40% olham o YouTube e 31% o WhatsApp. O Instagram foi apontado por 17% dos 1.489 entrevistados (que citaram mais de uma mídia), mas apareceu como o canal de maior influência na decisão da compra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.