Nas lojas, o consumidor já sente no bolso a queda de preços dos eletrodomésticos. No início da semana, o comerciante Roldão Fernandes de Oliveira Júnior, de 27 anos, avaliava o preço de uma geladeira em um supermercado de São Paulo. Ao lado da mulher, Carla Cristina de Oliveira, ele comparava os valores cobrados. “Acho que os preços caíram bastante. Há um ano, pesquisei a mesma geladeira e, agora, percebi que o valor caiu”, disse Oliveira Júnior.

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O casal pretendia trocar a geladeira antiga por um nova, mais moderna, aproveitando que os modelos estão mais acessíveis. “Se for vantajoso, vamos até mesmo pagar à vista”, afirmou o comerciante.

O auxiliar de escritório Anderson Salgado Faustino, de 22 anos, também visitou supermercado no início da semana, com a mulher Priscila Ferreira Faustino, de 22. “Vontade de comprar equipamentos eletrônicos a gente sempre tem. O problema é o preço”, afirmou o auxiliar de escritório. “Pelo que o brasileiro ganha de salário todo mês, ainda acho os preços muito caros.”

Entre os sonhos de consumo do casal, estão um aparelho de som. “Se a gente pudesse, compraria à vista”, diz Faustino.

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Os economistas lembram que, embora os preços estejam mais baixos, é importante comparar valores antes de fechar a compra. Pagar à vista é sempre mais vantajoso. “O vendedor pode reduzir a margem do preço à vista e embutir a diferença nos preços financiados”, lembra o economista Fernando Sarti, professor do Instituto de Economia da Universidade de Campinas (Unicamp).

Segundo ele, a cobrança de um valor menor no preço à vista, acompanhada do aumento dos juros no parcelamento, é uma estratégia comum no varejo.

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