economia

Dyogo: crise afetou um pouco o andamento das reformas, mas estamos empenhados

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, reconheceu que há uma crise política no Brasil que afetou e atrapalhou o andamento das reformas estruturais, mas o governo segue empenhado em avançar com a agenda de mudanças no Congresso.

O ministro disse ter esperança que a reforma trabalhista seja votada na semana que vem. “Todas as mensagens que o governo tem dado é de continuidade e de apoio às reformas”, disse o ministro em entrevista a jornalistas após o lançamento do fundo Brasil-China, que terá US$ 20 bilhões.

O ministro reafirmou que a reforma da Previdência é essencial para o País. “A questão de força política só pode ser medida na votação”, disse ele ao ser questionado se o governo vai conseguir aprovar as mudanças em meio à crise política. “É evidente que há uma crise política, que afeta a construção deste consenso (no Congresso), mas não quer dizer que fica inviabilizado.”

Sobre a nomeação de Torquato Jardim para o Ministério da Justiça, anunciada no final de semana, o ministro afirmou que, por ser da área econômica, essa escolha em nada o afeta.

Fundo

Oliveira observou que o Brasil vai aportar US$ 5 bilhões no fundo de US$ 20 bilhões que o País está lançando em conjunto com a China. Pequim vai aportar o restante. Do montante brasileiro, a Caixa e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vão cada um colocar 50% do total.

O fundo Brasil-China foi criado para apoiar investimentos no mercado brasileiro na área de logística, energia e outros setores, tanto por empresas brasileiras como chinesas. “Este fundo estará disponível a partir de amanhã (quarta-feira) para receber propostas”, disse ele. Oliveira disse que o governo tem sido procurado por empresas que mostraram interesse nos recursos do fundo, que serão complementares aos do BNDES. O ministro disse que não há um prazo para a carteira investir os US$ 20 bilhões, mas que esse montante pode ser ampliado no futuro.

Do lado da China, o governo chinês criou um fundo específico para fazer o aporte dos recursos, que recebeu a sigla de Claifund. Há um comitê para avaliar os projetos e os dois países podem vetar e aprovar as propostas. “Não há uma obrigação unilateral, uma contrapartida. Pelo contrário, foi uma construção bilateral.”

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