O risco de aplicar recursos no País na visão dos investidores, medido pelo Credit Default Swap (CDS), está hoje em níveis próximos ao patamar de quando o Brasil ainda possuía grau de investimento, destacou nesta quarta-feira, 4, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. Segundo ele, o risco país medido pelo CDS está em 178 pontos, ante 171 pontos quando o País tinha o selo de bom pagador. “Isso mostra melhora da avaliação que é feita do Brasil em termos de risco”, afirmou em audiência pública na Câmara dos Deputados.

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O ministro reconheceu, porém, que o governo ainda tem pela frente um grande desafio, que é o ajuste fiscal. Com a perspectiva de voltar a ter receitas superando despesas (um superávit) apenas em 2021, Oliveira lembrou que não há precedente de uma sequência tão longa de déficits fiscais. Serão sete anos com as contas no vermelho, destacou o ministro.

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“Os compradores de títulos do Brasil seguem confiantes, mas isso não é motivo para comodidade. Por isso, temos de dar continuidade a processo de reformas fiscais. Não há possibilidade de desenvolver um País sem equilíbrio macroeconômico”, ressaltou.

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Oliveira lembrou que os problemas fiscais do Brasil vêm tanto do aumento de despesas quanto da queda de receitas. No caso da arrecadação, não é só o peso da conjuntura desfavorável, mas também a estrutura tributária do País, que precisa de mudanças, segundo ele. Do lado do gasto, o governo tem buscado iniciativas para melhorar a eficiência das despesas, mas a grande mudança ficará a cargo da reforma da Previdência, diante do aumento exponencial desse gasto no Orçamento.

O Brasil hoje gasta 57% do Orçamento com Previdência, enquanto a média entre países da OCDE é em torno de 20%. “A reforma da Previdência é relevante”, afirmou.