A Duratex anunciou nesta quinta-feira, 21, a criação de uma joint venture com o grupo austríaco Lenzing para criação de uma fábrica de celulose solúvel. O negócio receberá investimentos iniciais de cerca de US$ 1 bilhão. O acordo também garante a venda da totalidade da produção de celulose solúvel para a Lenzing, em condições de mercado.

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Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa informa que joint venture que irá operar a fábrica e a floresta será detida pela Duratex e Lenzing, com participação acionária de 49% e 51%, respectivamente. Os resultados da nova companhia serão reconhecidos no resultado da Duratex por equivalência patrimonial.

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A nova companhia terá como atividade a produção e comercialização de celulose solúvel do tipo viscose, com localização estratégica no Estado de Minas Gerais, na região do Triângulo Mineiro, próximo a São Paulo.

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A contribuição chave da Duratex, explica, será através do aporte de ativos florestais de cerca de 43 mil hectares de efetivo plantio de eucaliptos 100% certificados pelo FSC (Forest Stewardship Council) que possui na região, completando com aporte financeiro. “Para compor o montante total do investimento, a joint venture buscará recursos através de financiamento de terceiros, visando otimizar sua estrutura de capital”, diz.

Segundo a empresa, o acordo não afetará sua capacidade de fornecimento de madeira própria para suas unidades de produção de painéis. “Esta área florestal foi conduzida especificamente para suportar projeto de expansão de painéis de madeira anteriormente previsto e que não será desenvolvido”, diz.

A conclusão dos acordos e a constituição da joint venture estão sujeitas ao cumprimento de condições precedentes, entre as quais, mas não se limitando, a negociação e assinatura de documentos complementares, obtenção de autorizações dos órgãos competentes (incluindo autoridades de defesa da concorrência no Brasil e no exterior e licenças ambientais) e viabilidade dos estudos de engenharia. A decisão final quanto a implementação do projeto ocorrerá no segundo semestre de 2019 e começo da produção está previsto para 2022.

“Com esta associação, a Duratex irá otimizar a utilização de seus ativos florestais atualmente excedentes, alavancando a rentabilidade das operações recorrentes. Essa operação pretende diversificar os riscos da companhia, ampliando seu leque de atuação para o mercado de celulose, que possui menor exposição ao nível de atividade do mercado doméstico”, afirma.

Além da importância para o crescimento da vompanhia no longo prazo, acrescenta a Duratex, o projeto representa um passo decisivo no processo de transformação do negócio florestal. “A Duratex reafirma o compromisso de maximizar a criação de valor para seus acionistas e demais stakeholders, fomentando a economia do Triângulo Mineiro”, afirma.