O presidente da distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em Nova York, William Dudley, recomendou que se mantenha a cautela em relação à trajetória futura dos juros do país, diante das incertezas em torno da perspectiva global, mas alertou que operadores que descartaram a possibilidade de uma elevação de juros ainda este ano estão sendo muito complacentes.

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Nos últimos meses, autoridades do Fed têm sinalizado que altas de juros são possíveis neste segundo semestre, mas nem todos os operadores estão convencidos de que o BC norte-americano poderá agir.

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Em discurso feito durante seminário promovido pelo BC da Indonésia e pelo Fed de Nova York, em Bali, Dudley também defendeu a estratégia de comunicação do Fed com o Wall Street, em meio a críticas recentes de que o BC dos EUA estaria deixando os operadores fora de sintonia com a instituição.

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Segundo Dudley, que vota nas reuniões de política monetária do Fed, essa dinâmica não é sinal de que o BC esteja transmitindo suas diretrizes de forma ineficiente, mas indica que as expectativas para os juros futuros mudaram em relação a um ano atrás.

Na reunião da semana passada, o Fed manteve os juros de curto prazo inalterados, mas deixou aberta a porta para uma eventual elevação das taxas ainda este ano, talvez até mesmo em setembro, ao concluir que diminuíram os riscos à perspectiva econômica.

Dudley também reiterou que as decisões de políticas monetária do Fed dependem dos indicadores dos EUA. A principal questão, afirmou ele, é se o crescimento é suficiente para acabar com a ociosidade no mercado de trabalho e se o Fed está confiante de que a inflação retornará para sua meta anual, de 2%.

“Se isso acontecer, iremos elevar as taxas de juros de curto prazo gradualmente”, disse Dudley. “Agora o momento exato…é incerto, já que não sabemos o quanto vamos crescer, não sabemos o que vai acontecer com a ociosidade no mercado de trabalho. Fonte: Dow Jones Newswires.