Dubai serve de alerta, diz presidente do BC

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, mostrou-se, mais uma vez, realista em relação aos efeitos que o pedido de moratória da dívida da empresa Dubai World, maior conglomerado estatal de Dubai, podem acarretar para a economia mundial. A despeito de os mercados domésticos terem reagido bem ontem, Meirelles acredita que o alerta está dado.

O dólar fechou ontem com queda de 0,40% cotado a R$ 1,743 e o Ibovespa subiu 1,04% para 67.082,15 pontos, mesmo com a onda de nervosismo no mercado financeiro internacional. Mas esta reação do mercado interno parece não ter empolgado o presidente do BC. Ele lembrou que ontem, em função do dia de Ação de Graças, o mercado financeiro não funcionou em tempo integral nos EUA, e que é preciso aguardar como as Bolsas americanas vão se comportar na segunda-feira.

“Vamos aguardar como vai reagir o mercado norte-americano. Mas, independentemente disso, a situação serve como um alerta de que temos problemas à frente e que devemos evitar excesso de exuberância”, ressalta o presidente do BC.

Meirelles reforçou ainda que “o ensaio que nós não vemos ainda é qual será a consequência de Dubai. É o que temos alertado: a recuperação da economia mundial tem muitas incertezas.” Ainda de acordo com Meirelles, o sistema financeiro mundial não absorveu todas as perdas que possivelmente terá no decorrer deste processo.

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